KPLO: a cratera Shackleton revelada pela ShadowCam

A cratera Shackleton fica no polo sul lunar. Os picos ao longo de seus 21 quilômetros de diâmetro estão sob a luz do sol, mas o chão da Shackleton está em eterna sombra escura.

https://www.shadowcam.asu.edu/images/1284
Imagem anotada onde a seta indica uma trilha de pedra que rolou. Linhas horizontais tênues são artefatos de câmera que eventualmente serão removidos assim que obtivermos um conjunto de dados robusto de calibração em voo. A imagem tem 2.040 metros de largura, ShadowCam M012728826 [NASA/KARI/Arizona State University].

Mesmo assim, esta imagem da borda sombreada da parede e do fundo da cratera Shackleton foi capturada pela ShadowCam da NASA, um instrumento a bordo do Korea Pathfinder Lunar Orbiter (KPLO) lançado em agosto de 2022. Cerca de 200 vezes mais sensível do que a Narrow Angle Camera da sonda robótica Lunar Reconnaissance Orbiter.

A câmera de ângulo estreito do Orbitador KPLO (Danuri), a ShadowCam, foi projetada para capturar imagens de regiões permanentemente sombreadas da superfície lunar.

Desde que Danuri entrou na órbita lunar em dezembro de 2022, a ShadowCam vem capturando rotineiramente imagens das regiões lunares do Polo Norte e Sul.

Evitando a luz solar direta, estima-se que essas regiões sejam reservatórios de gelo de água e outros voláteis depositados por impactos de cometas antigos e úteis para futuras missões lunares.

Naturalmente, as regiões permanentemente sombreadas ainda são iluminadas por reflexos da luz solar do solo lunar próximo.

Nesta imagem incrivelmente detalhada da ShadowCam, a seta marca o rastro de uma pedra que rolou pela parede da cratera. A observação dessas trilhas ajuda os cientistas na caracterização da forma e a velocidade da rocha e as características do regolito, ampliando nossa compreensão das propriedades geotécnicas da Lua.

A escala (100 metros) da imagem é indicada na parte inferior do quadro.

Poder da Reflexão

Dois tipos de iluminação secundária permitem que a ShadowCam capture imagens em áreas que não recebem luz solar direta. O primeiro é o brilho da terra, que ilumina a superfície da Lua longe dos polos com a luz do sol refletida na Terra. A segunda é a iluminação que resulta da luz solar refletida nas características geológicas próximas, como montanhas e paredes de crateras nos polos que se elevam o suficiente acima da superfície para refletir a luz solar direta.

https://www.nasa.gov/feature/nasa-s-shadowcam-images-lunar-south-pole-region
Cratera Marvin – Créditos: NASA/KARI/ASU

A imagem acima, capturada com o último tipo de iluminação, mostra a borda da cratera Marvin, a cerca de 26 quilômetros do Pólo Sul. Há uma variação de mais de 90 graus na direção da iluminação nas pequenas crateras na borda em comparação com as pequenas crateras internas porque a iluminação secundária emana de um amplo arco em vez de uma fonte de luz pontual.

Fontes

NASA: NASA’s ShadowCam Images Lunar South Pole Region

APOD: Shackleton from ShadowCam – Créditos: NASAShadowCamKorea Aerospace Research InstituteArizona State University

ShadowCam First Look

Traversing the Shackleton de Gerlache Ridge

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