A sonda JUNO captura imagens sensacionais da Grande Mancha Vermelha de Júpiter

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Esta imagem enriquecida da Grande Mancha Vermelha de Júpiter foi criada pelo ‘cientista-cidadão’ Jason Major usando dados da câmera JunoCam a bordo da espaçonave JUNO da NASA. Créditos: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Jason Major

Imagens da Grande Mancha Vermelha (GMV) de Júpiter revelam um emaranhado de nuvens escuras que se entrelaçam através de uma enorme oval purpúreo. A câmera JunoCam a bordo da nave JUNO da NASA capturou imagens dessa característica mais icônica do maior planeta do Sistema Solar durante o seu voo rasante de dia 11 de julho de 2017. As imagens da GMV foram transmitidas a partir da memória da sonda robótica na terça-feira (11 de julho) e colocadas na quarta-feira no website da JunoCam.

Scott Bolton, investigador principal da JUNO no SwRI (Southwest Research Institute) em San Antonio, Texas, EUA, alegou:

Durante centenas de anos os cientistas têm vindo a observar, a imaginar e a teorizar sobre a Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Agora, temos as melhores fotos dessa tempestade icônica. Vai levar algum tempo até analisarmos todos os dados, não só fornecidos pela JunoCam, mas também os provenientes dos oito instrumentos científicos da JUNO, para lançar novas luzes sobre o passado, presente e futuro da Grande Mancha Vermelha.

Tal como planejado pelo time da JUNO, os ‘cientistas-cidadão’ pegaram nas imagens “raw” (não processadas) do “flyby” (voo rasante) no site da JunoCam e as processaram, fornecendo um nível de detalhe mais alto do que o disponível na sua forma bruta. As imagens dos ‘cientistas-cidadão’, bem como as imagens originais (“raw”) que usaram para processamento de imagens, podem ser encontradas no link:

https://www.missionjuno.swri.edu/junocam/processing

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Esta imagem enriquecida da Grande Mancha Vermelha de Júpiter foi criada pelo ‘cientista-cidadão’ Kevin Gill usando dados da câmera JunoCam a bordo da espaçonave JUNO da NASA. Créditos: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Kevin Gill

Jason Major, ‘cientista-cidadão’ da JunoCam e designer gráfico em Warwick, Rhode Island, EUA, declarou:

Eu tenho acompanhado a missão JUNO desde que foi lançada. É sempre excitante ver estas novas imagens brutas (“raw”) de Júpiter à medida que chegam. Mas é ainda mais emocionante pegar nas imagens brutas e transformá-las em algo que as pessoas podem apreciar. É para isso que eu vivo.

Medindo 16.350 quilômetros em largura (valor medido em 3 de abril de 2017), a Grande Mancha Vermelha de Júpiter é 1,3 vezes maior que a própria Terra. A tempestade é acompanhada desde os anos 1830 e possivelmente existe há mais de 350 anos. Nos tempos modernos, a Grande Mancha Vermelha parece estar encolhendo.

Todos os instrumentos científicos da JUNO e a JunoCam estavam operando durante a passagem rasante, recolhendo dados que estão agora a ser transmitidos para a Terra. O próximo “flyby” por Júpiter se dará no dia 1 de setembro de 2017.

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Esta imagem enriquecida da Grande Mancha Vermelha de Júpiter foi criada pelo ‘cientista-cidadão’ Gerald Eichstädt usando dados da câmera JunoCam a bordo da espaçonave JUNO da NASA. Créditos: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS/Gerald Eichstädt

A JUNO alcançou o perijove (o ponto orbital mais próximo do centro de Júpiter) às 9:55 p.m. EDT do dia 11 de julho de 2017. Nesse momento, a JUNO encontrava-se a cerca de 3.500 km acima do topo das nuvens do planeta gigante. Onze minutos e 33 segundos mais tarde, a JUNO havia coberto 39.771 quilômetros e passava diretamente por cima do topo das arredondadas nuvens em púrpura da Grande Mancha Vermelha. A nave passou 9.000 quilômetros por cima das nuvens desta característica icônica.

A JUNO foi lançada no dia 5 de agosto de 2011 do Cabo Canaveral, Flórida, EUA. Durante a sua missão de exploração, a JUNO viaja perto do topo das nuvens do planeta, até um mínimo de 3.400 quilômetros. Durante estes voos rasantes, a JUNO estuda o interior de Júpiter e as suas auroras para aprender mais sobre as origens, estrutura, atmosfera e magnetosfera do planeta.

Os primeiros resultados científicos da missão JUNO da NASA retratam o maior planeta do nosso Sistema Solar como um mundo turbulento, com uma estrutura interior intrigantemente complexa, uma energética aurora polar e dramáticos ciclones polares gigantescos.

Jim Green, diretor de ciência planetária da NASA, destacou:

Estas imagens altamente antecipadas da Grande Mancha Vermelha de Júpiter são a ‘tempestade perfeita’ da arte e da ciência. Com os dados da Voyager, Galileo, New Horizons, Hubble e agora da JUNO, temos uma melhor compreensão da composição e evolução desta característica icônica. Estamos por felizes por partilhar a beleza e a emoção da ciência espacial com todos.

Fontes

NASA: NASA’s Juno Spacecraft Spots Jupiter’s Great Red Spot

Missão JUNO (Junocam): IMAGE PROCESSING GALLERY

Phys.org: Juno spacecraft spots Jupiter’s Great Red Spot

._._.

1 comentário

  1. A grande mancha vermelha de júpiter é uma grande tempestade

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