Embora esta imagem pareça ser o padrão de uma concha na praia, a espiral intrigante que aqui vemos é na realidade um fenômeno astronômico da natureza.
O Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) obteve esta imagem de um sistema estelar binário, onde duas estrelas — LL Pegasi e a sua companheira — estão presas em uma ‘valsa estelar’, orbitando em torno do centro de gravidade comum. A velha estrela LL Pegasi perde material gasoso de forma contínua, à medida que se transforma em uma nebulosa planetária, sendo a forma em espiral bem marcada que observamos criada pelas duas estrelas que orbitam neste gás.
A espiral tem uma dimensão de vários anos-luz e enrola-se com uma regularidade extraordinária. Baseados na taxa de expansão do gás em espiral, os astrônomos estimam que uma nova “camada” aparece a cada 800 anos — aproximadamente o mesmo tempo que as estrelas demoram a completar uma órbita em torno uma da outra.
LL Pegasi foi bem observada pela primeira vez há cerca de 10 anos, quando o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA obteve uma imagem da sua estrutura em espiral quase perfeita. Foi a primeira vez que se descobriu uma estrutura espiral rodeando uma estrela velha. Agora, observações do ALMA, das quais esta imagem mostra apenas um “corte”, deram-nos uma dimensão extra ao revelar a geometria 3D perfeitamente ordenada da estrutura em espiral. Uma vista completa encontra-se disponível no vídeo 3D, acima inserido.

A câmera ACS (Advanced Camera for Surveys) do Hubble mostrou uma das mais perfeitas formas geométricas criadas no espaço. Trata-se de uma rara nebulosa proto-planetária conhecida como IRAS 23166+1655, que envolve a estrela LL Pegasi (AFGL 3068) na direção da constelação do Cavalo Alado Pegasus.
Uma imagem adicional mostra uma composição dos dados do ALMA e do Hubble, abaixo:

Esta imagem composta foi criada a partir de dados do sistema estelar binário LL Pegasi, obtidos pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA e pelo Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). A velha estrela LL Pegasi perde material gasoso de forma contínua, à medida que se transforma em uma nebulosa planetária, sendo a forma em espiral bem marcada que observamos criada pelas duas estrelas que orbitam neste gás. Créditos: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/H. Kim et al., ESA/NASA & R. Sahai
Para saber mais leia: IRAS 23166+1655: Hubble revela uma notável espiral cósmica na constelação de Pegasus
Fontes
ESO:
Hubble: An extraordinary celestial spiral
._._.
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