New Horizons ajusta sua trajetória para se preparar para o próximo ‘flyby’ sobre o KBO 2014 MU69

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Impressão artística da sonda New Horizons realizando um “flyby” pelo seu próximo alvo, 2014 MU69, um objeto do Cinturão de Kuiper que orbita a 1,6 bilhões de quilômetros além de Plutão, programado para o dia 1 de janeiro de 2019. Créditos: NASA/JHUAPL/SwRI/Steve Gribben

A sonda New Horizons da NASA completou uma curta manobra de propulsão na quarta-feira (01/02/2017) para refinar a sua trajetória na direção do futuro “flyby” pelo astro 2014 MU69 no dia de Ano Novo de 2019.

2014 MU69 é um KBO (Kuiper Belt Object – Objeto do Cinturão de Kuiper) que reside a cerca de 6,4 bilhões de quilômetros da Terra (cerca de 42,8 UA) [1].

A telemetria da confirmação bem-sucedida da queima do motor foi recebida pelo centro de operações da New Horizons no Laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins em Laurel, Maryland, EUA, por meio das estações DSN (Deep Space Network) da NASA em Goldstone, Califórnia, EUA e Camberra, Austrália. Os sinais de rádio que transportavam os dados viajaram mais de 5,6 bilhões de quilômetros (37,4 UA) e demoraram, à velocidade da luz, mais de cinco horas para chegar à Terra.

Operando por comandos cronometrados, armazenados no seu computador, a New Horizons disparou os seus propulsores por cerca de 44 segundos, ajustando a sua velocidade em cerca de 44,7 centímetros por segundo (1 milha por hora). Foi a primeira manobra de trajetória desde que o time da missão realizou um conjunto de quatro manobras em 2015 (22, 25 e 28 de outubro e 4 de novembro), as quais colocaram a espaçonave na trajetória tendo como alvo o KBO 2014 MU69 no dia 1º de janeiro de 2019.

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A linha vermelha marca a trajetória da New Horizons até ao seu próximo alvo: um voo rasante passando um objeto do Cinturão de Kuiper (2014 MU69). O ponto verde marca a posição aproximada corrente (fevereiro de 2017) da espaçonave robótica. Créditos: NASA/JHUAPL/SwRI

Alan Stern, cientista líder da missão New Horizons, membro do SwRI (Southwest Research Institute) em Boulder, Colorado, declarou:

Afinal, 44,7 centímetros por segundo pode não parecer muito, porém, ao longo dos próximos 23 meses, à medida que nos aproximamos de MU69, essa manobra totalizará uma distância refinada de aproximadamente 10.000 quilômetros.

Yanping Guo, líder de projeto da missão New Horizons, do APL, destacou que os ajustes foram feitos considerando o que o time da missão aprendeu desde 2015 com as novas medições pelo Telescópio Espacial Hubble da órbita de 2014 MU69, bem como da própria localização da espaçonave.

Após a queima do combustível, a sonda New Horizons fez a transição do chamado “modo estabilizado de três eixos”, um modo de operação que permitiu à espaçonave fazer novas observações telescópicas de seis KBOs na semana passada. Estas observações científicas irão revelar novas informações sobre as formas, propriedades de superfície e sistemas de satélites desses objetos, em maneiras que não podem ser realizadas a partir da Terra. As imagens desses estudos serão transmitidas para a Terra nas próximas semanas.

Nota

[1] Uma UA (Unidade Astronômica) equivale a distância média entre a Terra e o Sol e mede cerca de 150 milhões de quilômetros. Em medidas exatas, o valor dessa constante é 1 UA = 149.597.870.700 metros.

Fonte

NASA: New Horizons Refines Course for Next Flyby

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