15 de junho de 1785 – O primeiro acidente aeronáutico com vítimas

15 de junho de 1785

Não Há Dia Sem História

O primeiro acidente aeronáutico com vítimas

Acidente do Balão Rozier em 1785

Ilustração de ‘Histoire des ballons et des Aeronautes célebres: 1783-1800 “(História de balões e aeronautas famosos), de Gaston Tisandier (1843-1899), publicado em 1887.

No dia 15 de junho de 1785, mais de cem anos antes de se construir o primeiro avião, a humanidade conheceu suas primeiras vítimas de acidente aeronáutico. O cientista e aeronauta francês, Jean-Francois Pilatre de Rozier, (1754-1785) e o construtor balonista Pierre Romain fizeram uma tentativa malograda de cruzar o Canal da Mancha a partir de Calais. O balão em que estava pegou fogo no ar e caiu ao chão, matando os dois tripulantes.

O primeiro vôo de um balão tripulado se deu em 21 de novembro de 1783. — pilotado por Jean-François Pilâtre de Rozier e O Marquês de d´Arlandes CRÉDITO: 2001 National Air and Space Museum, Smithsonian Institution (SI Neg. No. 93-2342)

O primeiro vôo de um balão tripulado se deu em 21 de novembro de 1783. — pilotado por Jean-François Pilâtre de Rozier e O Marquês de d´Arlandes
CRÉDITO: 2001 National Air and Space Museum, Smithsonian Institution (SI Neg. No. 93-2342)

Dois anos antes do acidente, em novembro de 1783, perante o Rei Luis XVI e a Rainha Maria Antonieta, Pilatre de Rozier havia pilotado, ao lado de François Laurent, o balão de ar quente da segunda experiência dos Montgolfier. O balão voou por 25 minutos percorrendo mais ou menos 9 quilômetros.

Pilatre de Rozier empenhou-se, a partir de então, no desafio de ser o primeiro homem a atravessar o Canal da Mancha de balão. Mas o balão de ar quente não permitia autonomia necessária. E, quando ele havia acabado de resolver o problema construindo um invólucro para conter hidrogênio, um gás mais leve que o ar quente, embora combustível, o desafio foi vencido por Jean-Pierre Blanchart (1753-1809) e John Jeffries (USA). Jean e John levantaram vôo na Inglaterra a aterraram na França após duas horas e meia, tendo sido obrigados a se livrarem de todo peso inútil, até mesmo suas roupas, porque o balão de hidrogênio perdera capacidade de sustentação ao longo da travessia. Isto ocorreu em 17 de janeiro daquele ano.

Rozier solucionou o problema fazendo um balão misto. Um envelope fechado contendo hidrogênio, envolvido por um grande envelope contendo ar quente. Não previu, porém, o vento contrário, que não o levou para a Inglaterra, mas fez com que ele deslizasse ao longo da costa por dez minutos. Foi exatamente quando o hidrogênio explodiu.

Atualmente, a associação de hidrogênio com ar quente é a mais eficaz dentro do balonismo, sendo inclusive a responsável pelas conquistas do balonismo. Os balões assim são chamados de “balões Rozier”.

Um balão Rozier é composto das seguintes partes: um resistente envelope contendo internamente um invólucro com uma esfera de gás hélio; queimador alimentado por propano líquido que é armazenado em tanques colocados ao redor da cesta; a nacela pode ser composta de material composto de fibra de vidro para vôos até 6.000 metros de altitude, ou uma câmera pressurizada e aquecida podendo chegar a mais de 11.000 metros.

Milton W.

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