14 de junho de 1949 – Macacos espaciais: uma questão de bioética

14 de junho de 1949

Não Há Dia Sem História

Macacos espaciais: uma questão de bioética

No dia 14 de junho de 1949, há 67 anos, o “Air Research and Development Comand”, ARDC, lançou, do complexo de lançamentos de White Sands, Novo México, um míssil V2 que havia sido capturado na Alemanha. O míssil atingiu um apogeu de 134 km. Em sua ogiva foi colocada uma cápsula e, dentro desta cápsula, um individuo terráqueo da espécie Macaca mulatta (macaco rehsus). Chamado de Albert II, o primata tinha o corpo ferido por várias incisões abertas para colocação de sensores. Estava imobilizado e sedado. Albert II sobreviveu ao vôo balístico de menos de dez minutos, mas o pára-quedas do foguete não abriu e ele morreu no impacto contra o solo. Seu antecessor, Albert I, foi cobaia num lançamento semelhante, feito no dia 11 de junho de 1948, no qual morreu asfixiado.

Macaco Espacial Rhesus

Macaco Espacial Rhesus

Albert II sobreviveu durante alguns minutos no espaço. Mas seu antecessor, Albert I, morreu asfixiado.

Rhesus Macaque (Macaca mulatta) em Kinnarsani

Rhesus Macaque (Macaca mulatta) em Kinnarsani

Na imagem acima vemos o macaco-rhesus ou reso (Macaca mulatta), um primata natural das florestas temperadas da Ásia. Muitos chimpanzés foram treinados e testados como cobaias em missões no espaço. O pessoal da US Air Force vestia-os com coletes apertados e argolas no pescoço. Imobilizadores de membros eram postos nos chimpanzés jovens para obrigá-los a se adaptarem a longos períodos confinados nas cápsulas. Dolorosos choques elétricos “educavam” para operar os painéis de controle.

Para saber mais leia: 28 de maio de 1959: a missão dos macacos espaciais celebra aniversário

._._.

2 comentários

  1. Muito interessante. Eu não sabia que os “macacos-cobaias” tinham que operar os painéis de controle da capsula. Você tem mais detalhes de como eram esses painéis? Eles eram muito complexos?

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