Não Há Dia Sem História
15 de maio de 1960
Korabl Sputnik 1 (“Sputnik 4”) – O último simulador antes de Gagarin
No dia 15 de maio de 1960, há cinquenta e seis anos, um míssil balístico R 7 Semyorka, de alcance intercontinental, foi disparado da plataforma de Baikonur, no Cazaquistão, União Soviética. Devorando vorazmente querosene e oxigênio líquido na razão de cem toneladas em menos de dezoito minutos, o R 7 subiu inclinando-se sobre a Ásia e o Pacífico e colocou uma massa de 2,5 toneladas numa órbita com apogeu de 514 km.
A “Revolução de Outubro” soviética aumentava a dianteira sobre o Ocidente norte americano. A cápsula lançada encaixada na ponta do R 7 Semyorka era, até então, a maior massa já colocada em órbita. Mas não era só isso. Tratava-se de um protótipo de nave espacial tipo Vostok, semelhante a que, em 12 de abril de 1961, menos de um ano mais tarde, conduziria Yuri Gagarin numa órbita completa ao redor da Terra, trazendo-o, vivo, de volta. Aliás, existe uma conjectura, nunca confirmada, de que Yuri Gagarin teria sido o primeiro ser humano a retornar do espaço, vivo, mas não o primeiro a ser lançado em órbita.
A cápsula lançada pelo R 7 em 15 de maio de 1960 não possuia couraça térmica, sendo destinada a se desintegrar no reingresso na atmosfera. Mas em seu interior haviam sistemas de manutenção ambiental e até um manequim humano. Era uma maquete em escala real de uma nave Vostok; o último exercício de simulador, antes do voo tripulado por um humano.
Tudo correu perfeitamente bem, principalmente com os sistemas de manutenção ambiental. Mas, no momento de realizar a operação de retro jato, para desacelerar a velocidade e fazer o reingresso, os jatos não funcionaram como o programado. A nave permaneceu em órbita. Não reingressou. Perdeu-se, passando a realizar órbitas ao redor da Terra com apogeus em torno de 600 km, e perigeus tão baixos que era praticamente certo prever uma queda relativamente breve. Foi o que aconteceu.
No dia 5 de setembro de 1962, quase um ano e meio após o feito de Gagarin, a cápsula reingressou na atmosfera e alguns de seus destroços atingiram o chão asfaltado da rua 8 Norte da cidade de Manitovoc, estado de Wiscosin, Estados Unidos. O que parece ser um aro de escotilha encravou-se no chão.
A cidade de Manitovoc promove uma festa anual, chamada Sputnikfest.
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2 menções
Sobrevoando as planícies criogênicas em Plutão
18/07/2015 às 22:23 (UTC -3) Link para este comentário
[…] Os planos congelados jovens (sem crateras de impacto) foram informalmente chamados de Sputnik Planum ao norte dos Norgay Montes, em homenagem ao primeiro satélite lançado ao espaço pela humanidade o Sputnik. […]
Sobrevoando as planícies criogênicas em Plutão » O Universo - Eternos Aprendizes
18/07/2015 às 12:37 (UTC -3) Link para este comentário
[…] Os planos congelados jovens (sem crateras de impacto) foram informalmente chamados de Sputnik Planum ao norte dos Norgay Montes, em homenagem ao primeiro satélite lançado ao espaço pela humanidade o Sputnik. […]