Se pudéssemos ver apenas ver no espectro dos raios gama, fótons que possuem bilhões de vezes ou mais energia que a luz visível, a nossa Lua seria mais brilhante que o nosso Sol, por incrível que possa parecer!
Essa noção desconcertante é demonstrada nessa imagem da Lua, baseada em dados coletados pelo telescópio de ampla área LAT do observatório espacial de raios gama FERMI (Fermi Gamma-ray Space Telescope Large Area Telescope). O instrumento LAT capturou essas informações da Lua durante os primeiros sete anos de operação (2008-2015).
A visão em raios gama do observatório FERMI não consegue discernir detalhes da superfície lunar, mas o brilho em raios gama é consistente com o tamanho e posição nos céus da Lua, aqui claramente apresentada nesse mapa, construído em cores falsas, para melhor entendimento.
Os pixels mas brilhantes correspondem as detecções mais significativas de raios gama lunares.
Mas fica a pergunta: por que a Lua no espectro dos raios gama é tão brilhante?
Partículas de alta energia eletricamente carregadas fluem através do Sistema Solar (raios cósmicos) e constantemente bombardeiam a superfície da Lua, desprotegida pela ausência de um campo magnético. A interação das partículas com a superfície lunar provoca o brilho em raios gama.
Uma vez que os raios cósmicos vêm de todas as direções do espaço, a ‘Lua-em-raios-gama’ é sempre Cheia, ou seja, não passa por fases, como observamos no espectro visível.
A primeira imagem em raios gama da Lua foi capturada pelo dispositivo EGRET a bordo do observatório espacial Compton (Compton Gamma-ray Observatory), lançado há 25 anos.
Fonte
APOD: Fermi’s Gamma-ray Moon – crédito da imagem: NASA, DOE, International Fermi LAT Collaboration
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