O planeta anão Ceres é o maior objeto pertencente ao Cinturão Principal de Asteroides. Ceres mede cerca de 950 quilômetros de diâmetro.
Tendo explorado Ceres a partir de vários níveis orbitais desde março de 2015, a espaçonave robótica DAWN tem nos revelado detalhes sobre mais de cerca de 130 pontos muito brilhantes na superfície do planeta anão. Essas características brilhantes têm sido na sua maior parte associadas com crateras de impacto espalhadas pela superfície escurecida do pequeno mundo.
Os pontos mais brilhantes residem próximos ao centro da cratera Occator, que mede 90 quilômetros.
Na imagem em destaque essas características podem ser observadas em dramáticas falsas cores que combinam dados de imagens capturadas no espectro da luz visível e no infravermelho próximo.
Agora, um novo estudo sugere que os pontos brancos que refletem a luz solar intensamente são provavelmente compostos, em sua maior parte, de um tipo de sulfato de magnésio hidratado. Na Terra, o sulfato de magnésio hidratado é conhecido como o sal de Epsom.
Neblinas observadas dentro da cratera Occator também sugerem que os materiais salinos podem ser sobras de uma mistura de sal e gelo de água em sublimação na superfície. Os impactos provavelmente expuseram o material indicando que os numerosos e espalhados pontos brilhantes são evidências da presença subsuperficial de uma estrutura em concha composta de mistura de gelo e sal.
Em meados de dezembro de 2015 a sonda DAWN irá iniciar as operações na sua órbita mais investigando Ceres em maior nível de detalhes.
Locais dos pontos brilhantes em Ceres
O mapa de Ceres acima, feito a partir das imagens obtidas pela sonda DAWN, mostra as localizações de cerca de 130 áreas brilhantes em toda a superfície do planeta anão, destacadas em azul. A maioria destas áreas claras estão associadas com crateras.
Há três inserções de zoom em algumas áreas de interesse:
- A cratera Occator que contém a área mais brilhante em Ceres, está mostrada no canto superior esquerdo.
- A cratera Oxo, a segunda mais brilhante característica em Ceres, está no canto superior direito. Em um artigo publicado no dia 10 de dezembro de 2015 na Nature os cientistas da missão, identificaram o que eles acreditam ser nevoeiros difusos, tanto na cratera Occator quanto na cratera Oxo. Eles acreditam que as neblinas aparecem quando o Sol brilha sobre essas crateras, possivelmente a partir da purificação de uma substância volátil por meio de calor provocando a sublimação do gelo.
- Uma cratera de Ceres típica com material brilhante que parece não ser de gelo é mostrada na parte inferior. O material brilhante nessa cratera e outras parece se originar de sais minerais que podem ter sido uma vez misturados com gelo de água, mas a água sublimou ao longo do tempo.
Fontes
NASA: New Clues to Ceres’ Bright Spots and Origins
NASA Photojournal: PIA20180: Occator in False Color
APOD: The Brightest Spot on Ceres – créditos: NASA, JPL-Caltech, UCLA, MPS/DLR/IDA
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