O que está acontecendo no centro desta nebulosa?
Esculpida pela radiação e pelos ventos estelares, esta fábrica de estrelas, conhecida como Messier 17 (NGC 6618) reside a 5.500 anos-luz na direção da constelação rica em nebulosas de Sagitário (Sagittarius). A imagem acima, uma precisa composição montada por Roberto Colombari usando dados do ESO, destaca detalhes tênues dessa região repleta de gás e poeira cósmica em frente a um segundo plano de estrelas da Via Láctea central.

Essa outra paisagem cósmica mostra Messier 17. Os dados originais nessa imagem foram gerados pelos observatórios Subaru (NAOJ) e Hubble. O processamento da imagem foi conduzido por Robert Gendler & Roberto Colombari
Nessa outra composição precisa e colorizada acima, criada a partir de dados do Observatório Espacial Hubble e do observatório terrestre Subaru (monte Mauna Kea, Havaí), demonstra detalhes sutis das nuvens de gás e poeira à frente das estrelas de fundo da nossa galáxia, a Via Láctea. A esta distância a imagem cobre uma área de quase 100 anos-luz de largura.
Os ventos estelares acrescidos da luz energética emanada pelas estrelas massivas e quentes formadas no berçário estelar da M17 foram responsáveis pela formatação do material remanescente, produzindo esta aparência ‘cavernosa’ que vemos nesta belíssima paisagem cósmica, repleta de estruturas ondulantes, que mostramos em close abaixo:
13º aniversário do Hubble
A fotografia acima foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble, que capturou uma região pequena dentro da M17. Esta imagem foi lançada pela NASA/ESA para comemorar o 13º aniversário do lançamento do Hubble. Os padrões do gás em estruturas ondulantes foram esculpidos e iluminados por uma torrente de radiação ultravioleta de estrelas jovens e massivas, que se encontram fora da imagem no canto superior esquerdo. O brilho destes padrões acentua a estrutura tridimensional dos gases. A radiação ultravioleta formata e aquece as nuvens de gás hidrogênio. As superfícies aquecidas brilham em laranja e vermelho nesta fotografia. O calor e a pressão intensa expulsam material para longe daquelas superfícies, criando o véu brilhante de gás mais quente esverdeado que mascara estruturas de fundo. A pressão sobre as pontas das ondas pode desencadear a formação de novas estrelas, dentro delas. A imagem, com aproximadamente 3 anos luz de diâmetro, foi obtida em 29 e 30 de maio de 1999, com a câmera Wide Field Planetary 2. As cores na imagem representam vários gases: o vermelho mostra o enxofre, o verde destaca o hidrogênio e o azul o está associado ao oxigênio.
A M17 é também conhecida como a Nebulosa de Ômega ou Nebulosa do Cisne.
Achou o Cisne ou o Ômega (Ω) na Messier 17? Não, então veja abaixo (cortesia do Phil Plait):
Saiba mais sobre a Messier 17 aqui: VLT do ESO captura imagens precisas da Nebulosa de Ômega
Fontes
APOD:
- Star Factory Messier 17 – Créditos: Dados – ESO / MPIA / OAC, Montagem – R.Colombari [2015]
- Star Factory Messier 17 – Créditos: Imagem gerada pelos observatórios Subaru Telescope (NAOJ) & Hubble Space Telescope; Processamento realizado por Robert Gendler & Roberto Colombari [2014]
- M17: A Hubble Close-Up – Crédito: NASA, ESA, J. Hester (ASU)
Slate/Bad Astronomy: Red Swan
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