O Sol retorna ao mesmo ponto nos céus a cada dia? NÃO!
Uma excelente resposta visual a essa questão é o registo fotográfico de um analema, ou seja, a criação de uma imagem composta de uma sequência de exposições do Sol, todas tomadas a partir do mesmo ponto, no mesmo horário a cada dia ao longo de um ano.
O analema em destaque foi capturado semanalmente apesar das criogênicas temperaturas e velozes ventos próximos da Estação Concórdia na Antárctica.
A posição do Sol às 4 horas da tarde foi capturada em múltiplos dias nesta composição digital. Acredita-se que este foi o primeiro analema já construído na Antárctica.
A razão da imagem somente mostrar o Sol de setembro de 2014 a março de 2015 é que o Sol permaneceu abaixo do horizonte pelo resto do período de um ano usualmente usado para se compor um analema.
De fato, como hoje (23 de setembro de 2015) é o dia do equinócio, o Sol nasceu no Polo Sul após uma ausência de 6 meses e não irá se ocultar atrás do horizonte até o próximo equinócio em março de 2016, desconsiderando eventuais ocorrências do Efeito Novaya Zemlya, uma grande refração atmosférica (foto abaixo):
Em contrapartida, hoje o Sol se põe e irá gerar uma longa noite no Polo Norte, após meio ano de luz contínua nos céus.
Para o resto da Terra entre os polos, entretanto, o equinócio significa que hoje, 23 de setembro, todos nós teremos um dia e uma noite com efetivas mesmas 12 horas de duração.

Desenho mostra a assimetria da curva de um analema. Neste caso, um analema capturado fora dos polos da Terra.
Fonte
APOD: Antarctic Analemma – crédito da imagem©: Adrianos Golemis
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