M1: o que resulta de uma explosão de supernova?

http://apod.nasa.gov/apod/ap091025.html

M1: a complexa nebulosa do Caranguejo fotografada pelo Hubble. Créditos: NASA, ESA, J. Hester, A. Loll (ASU); Davide De Martin (Skyfactory)

Aqui vemos o caótico resultado de uma estrela que explodiu. A Nebulosa do Caranguejo, a nebulosa remanescente da supernova vista em 1054 DC, está preenchida com filamentos misteriosos. Os filamentos, além de incrivelmente complexos, parecem ter menos massa que a expelida na supernova original e uma velocidade maior que a esperada de uma explosão livre.

Veja a tabela comparativa da massa do objeto antes e depois da supernova:

Antes e depois da supernova

Massa (em massa solares – M)

Estrela progenitora (antes)

9 a 11 M

Pulsar do Caranguejo (depois)

1,4 a 2 M

Nebulosa remanescente do Caranguejo (depois)

4.6 ± 1.8 M [1]

[1] An Optical Study of the Circumstellar Environment Around the Crab Nebula

A imagem acima, gerada pelo Hubble Space Telescope, está colorizada artificialmente em 3 tons de interesse científico.

SN 1054 (ou Supernova do Caranguejo) foi uma supernova Tipo II amplamente observada em todo o mundo no ano de 1054. Ela foi registrada pelos astrônomos chineses e árabes enquanto esteve brilhante o suficiente para ser vista à luz do dia por 23 dias e durante à noite por 653 dias. A estrela progenitora que sofreu colapso de seu núcleo localizava-se a uma distância de cerca de 6.300 anos luz, na nossa galáxia, a Via Láctea.

A Nebulosa do Caranguejo se espalha por cerca de 10 anos luz. No centro desta remanescente de supernova tempos o resto da estrela progenitora, um pulsar: uma estrela de nêutrons super densa, ligeiramente mais massiva que o Sol, mas com o diminuto tamanho de uma cidade pequena. O Pulsar do Caranguejo gira 30 vezes por segundo.

Fontes

APOD:

M1: The Crab Nebula from Hubble – Créditos: NASA, ESA, J. Hester, A. Loll (ASU) [2015]

M1: The Crab Nebula from Hubble – Créditos: NASA, ESA, J. Hester, A. Loll (ASU); Acknowledgement: Davide De Martin (Skyfactory) [2009]

._._.

1997AJ____113__354F-An-Optical-Study-of-the-Circumstellar-Environment-Around-the-Crab-Nebula

1 comentário

6 menções

  1. Foto fantástica! Mas fez-me lembrar um fungo. Quase uma explosão num microcosmo, com filamentos.

  1. […] mesma forma que seu primo, em termos astrofísicos, o  Remanescente de Supernova do Caranguejo, a Nebulosa da Medusa é conhecida por hospedar uma estrela de nêutrons, ou seja, as cinzas […]

  2. […] a viagem, fazer uma observação livre da remanescente de supernova, a Nebulosa do Caranguejo (M1). O resultado foi uma das melhores imagens já obtidas desta nebulosa, observada pela primeira vez […]

  3. […] M1: o que resulta de uma explosão de supernova? […]

  4. […] Para saber detalhes sobre a remanescente de supernova M1 leia aqui: M1: o que resulta de uma explosão de supernova? […]

  5. […] O brilho temporariamente reduzido da Lua cheia permitirá aos observadores vislumbrarem as maravilhas do céu tais como a remanescente de supernova Simeis 147, o aglomerado estelar aberto M35 e a Nebulosa do Caranguejo M1. […]

  6. […] forma que seu ‘primo marítimo em águas astrofísicas’, a remanescente de supernova chamada de Nebulosa do Caranguejo (M1), a nebulosa IC  433 é conhecida por hospedar a estrela de nêutrons CXOU J061705.3+222127, […]

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