
As 66 antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA). Créditos: ESO/Babak Tafreshi (twanight.org)
Com as costas voltadas para a constelação de Orion, as 66 antenas do Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA) encontram-se empoleiradas no cume do planalto do Chajnantor nos Andes chilenos.
Ilustrando de forma clara o motivo da escolha deste local para colocar a rede, deparamo-nos com uma vista soberba da Nebulosa de Orion (catalogada como Messier 42). Esta nebulosa situa-se no centro da imagem, com a brilhante estrela vermelha Betelgeuse (Alfa Orionis) à direita. Tratam-se de duas das visões mais espetaculares no céu noturno.
Betelgeuse é uma estrela supergigante vermelha, digna de nota por se tratar de uma provável candidata, entre as estrelas na nossa Galáxia, a transformar-se numa supernova num futuro próximo, isto é, um futuro próximo a uma escala cósmica (um relatório recente sugere 100.000 anos), um mero piscar de olhos galácticos. Quando isto acontecer, tornar-se-á no segundo objeto mais brilhante do nosso céu noturno, logo depois da Lua.
O ALMA, no entanto, rastreia o cosmos mais profundamente de modo a estudar os locais mais antigos e frios pela detecção de radiação nos comprimentos de onda milimétricos e submilimétricos. As suas antenas podem ser deslocadas de forma independente e observam o céu em perfeita sintonia, utilizando um processo chamado interferometria para obter resultados que, de outro modo, necessitariam de um único telescópio de 14.000 metros de diâmetro.

Esta imagem capturada por Babak Tafreshi mostra várias antenas do ALMA sob a luz da Via Láctea. Nesta imagem de grande angular podemos ver a luz zodiacal em cima à esquerda e também do lado esquerdo mas em baixo observa-se o planeta Marte. Saturno encontra-se um pouco mais alto no céu, em direção ao centro da imagem. Crédito: ESO/B. Tafreshi (twanight.org)
Fonte
ESO: Orion the Hunter Watches Over ALMA
Créditos da Imagem
ESO/Babak Tafreshi (twanight.org)
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2 menções
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