Mosaico da SN 1006 revela detalhes intrincados da nebulosa remanescente

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Composição de imagens da remanescente de supernova SN 1006 – Créditos: Raios-X: NASA/CXC/Rutgers/G.Cassam-Chenaï, J.Hughes et al.; Rádio: NRAO/AUI/NSF/GBT/VLA/Dyer, Maddalena & Cornwell; Ótico: Middlebury College/F.Winkler, NOAO/AURA/NSF/CTIO Schmidt & DSS

Há mil e oito anos atrás, o mundo se maravilhou com a observação da notável explosão estelar conhecida como supernova SN 1006. A estrela se tornou mais brilhante do que Vênus, visível inclusive durante o dia durante semanas. De fato, SN 1006 foi a supernova mais brilhante já registrada na Terra. Este fenômeno espetacular foi documentado na China, Japão, Europa e pelo mundo árabe.

Antigos observadores antigos se sentiram ameaçados por estes “fogos de artifício celestes” sem compreender sua causa ou implicações. Os astrônomos agora entendem que SN 1006 foi causada por uma estrela anã branca que capturou a massa de uma estrela companheira até que a anã branca atingiu o limite de massa de Chandrasekhar [1], tornou-se instável e explodiu.

Observações recentes do remanescente da SN 1006 revelam a presença de elementos como o ferro, que estavam previamente trancados dentro da estrela, antes da explosão. Uma vez que nenhum material cai de volta em uma estrela de nêutrons ou um buraco negro gerado por uma explosão de supernova, a liberação do conteúdo desta estrela está completa. Representa, portanto, uma paisagem cósmica notável para os escombros da morte gloriosa de uma estrela anã branca.

Composição de dados de vários observatórios

Esta é uma imagem composta da remanescente de supernova SN 1006, que reside a cerca de 7.000 anos-luz da Terra. Esta imagem agrega os dados de raios-X do Observatório da NASA Chandra de raios-X (em tons de azul), os dados na faixa de frequências da luz visível do telescópio Curtis Schmidt de 90cm da Universidade de Michigan em Cerro Tololo (Observatório Interamericano da NSF – CTIO – em tons de amarelo), os dados da Digitized Sky Survey (laranja e azul claro), além dos dados das ondas de rádio capturadas pelo tanto pelo Very Large Array do NRAO e pelo Telescópio Green Bank (VLA / GBT, em vermelho).

Este estudo combinado do Chandra, CTIO e das observações VLA / GBT mostra nova evidência para a aceleração de partículas carregadas a altas energias em ondas de choque de supernovas.

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Filamentos da SN 1006 pelo Hubble

Na imagem acima capturada pelo Telescópio Espacial Hubble da SN 1006 vemos um close-up da região no canto superior direito do remanescente de supernova. A fita de torção de luz vista pelo Hubble revela onde a onda de choque em expansão está varrendo o tênue gás circundante.

Nota

[1] Limite de Chandrasekhar representa a máxima massa possível para uma estrela do tipo anã branca (um dos estágios finais das estrelas que consumiram toda a sua energia) suportada pela pressão da degeneração de elétronscerca de 1,44 vezes a massa do Sol. Se uma anã branca (normalmente com cerca de 0,6 vezes a massa do Sol) tiver excedido essa massa por agregação, entrará em colapso, devido ao efeito da gravidade

Fonte

Chandra: SN 1006: Liberating Star Stuff

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