NGC 4651: galáxia do guarda-chuva revela dramáticas interações cósmicas

http://apod.nasa.gov/apod/image/1407/lrg_gabany-subaru_ngc4651.jpg

NGC 4651 – a galáxia do guarda-chuva. Crédito da Imagem: R Jay Gabany (Blackbird Observatories) / Colaboração: C.Foster (Australian Astronomical Obs.), H.Lux (U. Nottingham, Oxford), A.Romanowsky (San Jose State, UCO), D.Martínez-Delgado (Heidelberg), et al.

A galáxia espiral NGC 4651 reside a 62 milhões de anos luz na direção da constelação boreal de Coma Berenices.

Com tamanho similar a nossa galáxia Via Láctea, este ‘universo-ilha’ pode ser observado com uma estrutura em forma de guarda-chuva cósmico que se estende (à esquerda da imagem) por 100.000 anos luz além do luminoso disco galáctico.

Esta gigante sombrinha cósmica é composta por ‘rios de maré de estrelas‘, trilhas extensas de estrelas arrancadas gravitacionalmente de uma galáxia satélite menor.

A galáxia menor foi eventualmente rasgada depois de sucessivos encontros, para frente e para trás em órbitas excêntricas através da NGC 4651.

colisão de galáxias

De fato, o quadro menor ao lado, à esquerda, dá um zoom e revela o núcleo remanescente da galáxia destruída, descoberto após uma intensiva exploração deste sistema galáctico, realizada através dos poderosos telescópios Subaru e Keck no monte Mauna Kea, Havaí.

O trabalho começou com uma notável colaboração entre astrônomos profissionais e amadores que capturaram estruturas tênues em volta de galáxias brilhantes. Os resultados sugerem que até em galáxias próximas, os rios de maré de estrelas são marcadores comuns de tais fusões galácticas.

Estes resultados são explicados pelos modelos de formacao galáctica e também se aplica a nossa propria Via Láctea.

Fonte

APOD: NGC 4651: The Umbrella Galaxy – Crédito da Imagem: R Jay Gabany (Blackbird Observatories) / Colaboração: C.Foster (Australian Astronomical Obs.), H.Lux (U. Nottingham, Oxford), A.Romanowsky (San Jose State, UCO), D.Martínez-Delgado (Heidelberg), et al.

Artigo Científico

ArXiv: Kinematics and simulations of the stellar stream in the halo of the Umbrella Galaxy

._._.

7 comentários

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  1. Vinicius, quanto ao artigo que você colocou no site ‘darwinismo’ eu diria que é um pacote de mentiras infundadas. Se quiser que eu comente alguns dos itens diga-me quais que eu explicarei. Mas no fundo nem vale muito a pena perder tempo com estas baboseiras.

    Para entender melhor sobre cosmologia, basta ler sobre 4 métodos distintos entre si de como se calcular a idade do Universo, aqui: http://eternosaprendizes.com/2009/10/01/qual-e-a-idade-do-universo-como-calcular-isso/

    O fato interessante é que gostaram tanto do meu artigo que o replicaram na wikipedia em português, aqui 😉 —-> http://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_do_universo

    • Vinícius Sena em 21/07/2014 às 14:46
    • Responder

    Roca, você acha que as medições de distância de objetos no universo são confiáveis mesmo? É que tenho lido alguns artigos de uns blogs criacionistas onde se chega a afirmar que as estrelas mais distantes da terra estariam a no máximo 15 anos luz de distância. Falam também que a luz no passado era mais lenta do que o que é hoje. Obviamente eles tentam provar que o universo é jovem. Leia o artigo deste link http://www.universocriacionista.com.br/index2.php?option=com_content&do_pdf=1&id=25
    Me diga o que achou.

    Veja também esse artigo http://darwinismo.wordpress.com/2011/09/03/14-fenomenos-naturais-que-contradizem-os-mitologicos-milhoes-de-anos/
    Gostaria que você comentasse os tópicos que se referem a astronomia.
    Você puder me esclarecer essas questões ficarei muito feliz.

      • ROCA em 21/07/2014 às 18:07
        Autor

      Vinícius,

      Eu que eu tenha a dizer estão nos passos abaixo (e artigos para você ler):

      Passo 1. Nas vizinhanças do Sol já conseguimos medir com precisão distâncias até 10.000 anos-luz usando a técnica do paralaxe (Hubble). Isso é mera trigonometria e uso de telescópio. Uma astronomia ‘relativamente simples e direta’. Assim deduzimos as distâncias de quaisquer estrelas dentro deste perímetro.

      Leia:

      Hubble estica a fita métrica estelar 10 vezes mais longe no espaço
      http://eternosaprendizes.com/2014/05/11/hubble-estica-a-fita-metrica-estelar-10-vezes-mais-longe-no-espaco/

      Passo 2: Com estas técnicas os cientistas apuram as distâncias das estrelas variáveis cefeidas próximas. A partir dos padrões da cefeidas próximas os cientistas as usam como ‘velas padrão’ para saber a distância das cefeidas distantes. As cefeidas se comportam de forma similar. Assim ao olhar para uma cefeida e comparando-a com uma cefeida próxima (medida no passo 1) dá para saber com boa precisão a distância desta. Extremamente brilhantes, logo visíveis de longe, as cefeidas são detectadas atualmente em outras galáxias até a distância de 80 milhões de anos-luz graças ao telescópio espacial Hubble. A determinação dessas distâncias é essencial para o cálculo do valor da constante de Hubble, que mede o ritmo de expansão do Universo. http://pt.wikipedia.org/wiki/Cefeida#Papel_no_c.C3.A1lculo_das_dist.C3.A2ncias

      Passo 3: A segunda ‘vela padrão’ cósmica é fornecida pela explosão de uma supernova tipo Ia. Como as supernovas são praticamente idênticas entre si, basta medir seu brilho para se deduzir a distância até a galáxia hospedeira. Como sabemos as distâncias até 80 milhões de anos-luz e conhecemos supernovas dentro deste perímetro, as comparações nos permitem medir distâncias de bilhões de anos-luz pois as supernovas Ia são tão intensas que brilham tanto quanto as galáxias que a hospedam. Leia sobre isto nos artigos abaixo:

      Energia Escura: Por que as supernovas Ia são confiáveis como velas padrão?
      http://eternosaprendizes.com/2010/07/05/energia-escura-por-que-as-supernovas-ia-sao-confiaveis-como-velas-padrao/

      A taxa de expansão do Universo foi recalculada com o dobro da precisão
      http://eternosaprendizes.com/2009/05/11/a-taxa-de-expansao-do-universo-foi-recalculada-com-o-dobro-da-precisao/

      O estudo das supernovas Ia como velas padrão ajudou os astrônomos a descobrir sobre a expansão acelerada do Universo. Algo tão importante que eles ganharam o prêmio Nobel de 2011. Leia:
      Escrito nas estrelas:
      http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2011/popular-physicsprize2011.pdf

      Artigo Científico com gráficos etc
      http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/physics/laureates/2011/advanced-physicsprize2011.pdf

      \o/

      • Vinícius Sena em 22/07/2014 às 14:07

      Muito obrigado pelos esclarecimentos. Estarei sempre por aqui tirando dúvidas e fazendo perguntas, “importunando”. Você não se importa, né?

      • ROCA em 22/07/2014 às 17:25
        Autor

      Pode perguntar!

  2. Sou apaixonada por astronomia se puder manda sempre esses artigos fico agradecida.

    • Vinícius Sena em 15/07/2014 às 12:29
    • Responder

    Que imagem linda dessa galáxia! Interessante também a simulação abaixo dela. Sempre tive curiosidade de saber como são feitas essas simulações computacionais. Alguém poderia me explicar.

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