Aglomerado de galáxias funciona como lente e amplia imagem de Supernova distante

http://apod.nasa.gov/apod/ap140505.html

Acima, nos quadros à esquerda, vemos a supernova tipo Ia, batizada como Tiberius (imperador romano), detectada e ampliada por lente gravitacional. Ver os quadros de antes, nov. 2010 e depois, 18 de janeiro de 2011. Créditos: NASA, ESA, C. McCully (Rutgers University), A. Koekemoer (STScI), M. Postman (STScI), A. Riess (STScI/JHU), S. Perlmutter (UC Berkeley, LBNL), J. Nordin (NBNL, UC Berkeley) e D. Rubin (Florida State)

Como os astrônomos calibram uma enorme lente gravitacional?

Neste caso a lente em questão é fornecida pelo aglomerado de galáxias Abell 383, uma massiva coleção de galáxias, gás aquecido e matéria escura que reside a 2,5 bilhões de anos luz de distância, com desvio para o vermelho calculado em z = 0,187.

Na verdade o que necessita de calibração aqui é a massa do aglomerado Abell 383, ou melhor, a sua distribuição de sua matéria escura.

Uma nova técnica de calibração tem sido testada recentemente. O procedimento consiste em aguardar pela ocorrência de uma supernova de um tipo específico (tipo Ia) atrás do aglomerado  de galáxias. A partir daí os astrônomos medem o quanto o aglomerado ampliou o brilho da supernova pelo efeito de lente gravitacional.

Esta útil técnica complementa outras medidas que visam computar a matéria escura necessária para controlar os movimentos internos das galáxias, para confinar o gás aquecido e para criar as distorções de imagens por lente gravitacional.

A imagem acima, capturada pelo Hubble Space Telescope, do aglomerado de galáxia A383, mostra sua capacidade intrínseca como lente gravitacional à direita ao distorcer dramaticamente as galáxias situadas nos fundos atrás do centro do aglomerado.

A galáxia “antes e depois” e a supernova distante

A visão ampliada da supernova , apelidada de Tibério (o imperador romano do primeiro século), foi  capturada em 18 de janeiro de 2011. A seta aponta a localização do supernova. O material brilhante abaixo é parte da galáxia hospedeira. A supernova é vista como apareceu 8 bilhões de anos atrás.

A imagem ampliada à esquerda , tirada em novembro de 2010 , mostra a mesma região antes da explosão supernova.

Ambas as imagens embutidas foram capturadas em luz visível com Advanced Camera for Surveys do Hubble.

Até hoje, as supernovas calibradoras Tipo Ia foram também encontradas em dois outros aglomerados de galáxias em 2012, através do projeto Cluster Lensing And Supernova survey with Hubble (CLASH), mostradas nas imagens abaixo:

http://www.spacetelescope.org/images/heic1409b/

Supernova Caracalla detectada em julho de 2012 no aglomerado de galáxias MACSJ1720+35 pelas lentes que operam nas frequências próximas do infravermelho do Hubble, em destaque nos a quadros ‘antes e depois’, acima, à esquerda. A supernova Caracalla está indicada por uma seta. Créditos: NASA, ESA, S. Perlmutter (UC Berkeley, LBNL), A. Koekemoer (STScI), M. Postman (STScI), A. Riess (STScI/JHU), J. Nordin (LBNL, UC Berkeley), D. Rubin (Florida State) e C. McCully (Rutgers University)

http://www.spacetelescope.org/images/heic1409d/

Imagens do aglomerado RXJ1532.9+3021 que atuou como lente gravitacional ampliando uma supernova, chamada de Didius (imperador romando Didius Julianus). Ver os quadros “antes e depois”. A supernova está indicada por uma seta, na imagem de 16 de março de 2012. Créditos: NASA, ESA, C. McCully (Rutgers University), A. Koekemoer (STScI), M. Postman (STScI), A. Riess (STScI/JHU), S. Perlmutter (UC Berkeley, LBNL), J. Nordin (NBNL, UC Berkeley) e D. Rubin (Florida State)

Fontes

APOD: Galaxy Cluster Magnifies Distant Supernova – Créditos: NASAESAC. McCully (Rutgers U.et al.

Hubble:

._._.

2 comentários

    • Vinícius Sena em 06/05/2014 às 14:05
    • Responder

    Entre os diversos fenômenos que acontecem no espaço, o fenômeno da lente gravitacional é um dos que mais me fascinam.

      • ROCA em 09/05/2014 às 15:32
        Autor

      As lentes gravitacionais são provas da teoria da relatividade geral de Einstein.

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