A Terra vista do espaço: vídeo da NASA mostra imagens comparativas do derramamento de óleo do Golfo do México

Dois satélites da NASA estão capturando imagens do derramamento de óleo no Golfo do México, que começou em 20 de abril de 2010, com a explosão da plataforma de petróleo em águas profundas Horizon da BP.

Esta série de fotos, organizadas no vídeo, nos revela uma visão espacial da plataforma de petróleo em chamas e do derramamento de petróleo que se seguiu, incluindo as imagens atualizadas até 24 de maio de 2010.

As imagens foram fornecidas pelo instrumento MODIS a bordo dos satélites Terra e Aqua. A mancha de óleo, de cor bege acinzentado se destaca claramente nestas imagens. Ao longo do tempo, o formato do derrame tem sofrido alterações devido às condições meteorológicas e correntes marítimas, além do uso de óleos de dispersão e produtos químicos.

As imagens deste vídeo foram selecionados para mostrar o derrame o mais claramente possível.

Imagens mais recentes a partir dos satélites Aqua e Terra

USA7_AMO_2010145 Deepwater Horizon oil spill in the Gulf of Mexico

Em 25 de maio de 2010 o Golfo do México estava perfeitamente posicionado sob o satélite Aqua . Nesta oportunidade  o dispositivo MODIS capturou esta dramática imagem, acima.

Na região onde o reflexo espelhado do Sol fica embaçado em uma grande faixa brilhante, as eventuais diferenças na textura da superfície da água se apresentam em destaque. O petróleo modifica as características reflexivas da água, tornando-a um melhor “espelho”. As águas cobertas de óleo estão muito brilhantes nesta imagem, mas, dependendo das condições de visualização (hora do dia, ângulo de visão de satélite e localização da mancha), as águas cobertas de petróleo podem parecer mais escuras do que claras.

É importante considerar que a luminosidade relativa do óleo, ao compararmos um lugar com outros, não é necessariamente uma indicação da quantidade de óleo. As manchas de óleo localizadas em locais onde a água está calma e o Sol está refletido parecerão muito mais brilhantes nesta foto.

A causa da mancha escura de água no meio da imagem, a oeste do poço (Deepwater Horizon Well) não é conhecida, mas pode indicar o uso de escumadeiras ou dispersantes.

Na imagem a seguir vemos a situação em 24 de maio de 2010:

gulf_tmo_2010144 oil slick

Observa-se claramente na imagem acima que as manchas de óleo (oil slick) as vezes aparecem mais claras, outras vezes mais escuras, em relação a água que as envolve.

Na imagem a seguir, também de 24 de maio de 2010, em alta resolução, o satélite Terra usou o dispositivo Advanced Spaceborne Thermal Emission and Reflection Radiometer (ASTER) para capturar esta visão do espaço do delta do rio Mississipi, em cores falsas, que facilitam a análise do cenário.

gulf_ast_2010144 Mississippi

Aqui, as manchas e resíduos do óleo (oil slick) derramado da plataforma Deepwater Horizon aparecem em tons prateados em contraste com a cor azul clara da água adjacente. A vegetação aparece em tons avermelhados.

USA7_AMO_2010143 Mississippi Delta Oil Slick

NASA Aqua – o derrame e o Delta do Mississipi pelo dispositivo MODIS em 23 de maio de 2010

Na imagem acima, capturada pelo instrumento MODIS do satélite Aqua  em 23 de maio de 2010 vemos o quanto é difícil discernir as manchas de óleo (oil) quando a posição do Sol em relação a câmera não está favorável, como nas fotos de 24 e 25 de maio, acima. Por outro aldo, as águas lamacentas (muddy water) do Rio Mississipi se destacam em tons bege-esverdeados.

NASA Terra - o derrame e o Delta do Mississipi pelo dispositivo MODIS em 22 de maio de 2010

Em 22 de maio o dispositivo Moderate Resolution Imaging Spectroradiometer (MODIS) do satélite Terra capturou a imagem acima, em cores naturais. A mancha de óleo (oil slick) é visível em tons de cinza, à leste/sudeste do Delta do Mississipi. A água lamacenta com os sedimentos do Rio Mississipi aparece em tons de bege.

NASA Terra - o derrame e o Delta do Mississipi pelo dispositivo MODIS em 17 de maio de 2010

Na imagem acima, capturada em 17 de maio, o satélite Terra mostra uma grotesca língua de óleo à sudeste do local do desastre se aproximando da corrente do Golfo, via Loop Current, que faz parte da Corrente do Golfo, a qual possivelmente levará o óleo até Cuba, Caribe, Florida Keys, etc. A abrangência do derrame pode ser entendido através dos mapas abaixo (17 de maio):

A mancha de óleo se aproxima das correntes do Golfo do México e irá se alastrar

Nestes dois mapas as cores dão uma noção da temperatura da água do oceano. As regiões de águas mais frias aparecem em tons de azul e roxo, enquanto que as áreas com as águas mais quentes são exibidas em rosa e amarelo. As áreas nebulosas estão mostradas na cor cinza.

O golfo do México e suas correntes

Para ver a galeria de imagens obtidas pelos satélites no espaço, clique aqui.

Uma excelente galeria de imagens dos impactos locais foi publicada no site ‘big picture’: The Boston Globe’s Big Picture

Para mais detalhes consulte os links:

Fontes e referências

NASA: NASA Satellites’ View of Gulf Oil Spill Over Time

NASA Earth Observatory:

._._.

1 comentário

  1. são muito legais essas imagens

Deixe uma resposta

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

error: Esse blog é protegido!