Por que esta nebulosa parece uma formiga e não uma grande esfera? A nebulosa planetária Mz3 (Menzel 3) foi gerada a partir dos escombros ejetados por uma estrela similar ao Sol que obviamente tinha um formato redondo.
Por que afinal, na Mz3, o gás que expulso da estrela central criou esta nebulosa com formato incomum do tórax de uma formiga e não o de nuvens concêntricas, como na Nebulosa do Gato?
Várias explicações e nenhuma conclusão
Explicações plausíveis relacionam algumas possíveis causas:
- A altíssima velocidade da expansão do gás expelido (1.000 km/s);
- A estrutura de grande porte, com comprimento de 1 ano-luz;
- O magnetismo da estrela vista acima no centro da nebulosa.
Outra solução possível para o enigma da Mz3 é que esta nebulosa pode esconder uma segunda estrela mais tênue cuja órbita fica bem perto da estrela visível, o que prejudica sua visualização direta.
Também existe uma quinta hipótese que suporta a idéia que o próprio giro da estrela central da nebulosa e seu campo magnético estão, de alguma forma, canalizando o gás.
Tendo em vista que a estrela moribunda formadora desta nebulosa tem massa da ordem de grandeza da massa do nosso Sol, os astrônomos buscam aqui um melhor entendimento dos processos de construção dessa gigantesca formiga cósmica, para saber mais sobre o provável futuro do nosso próprio Sol e da Terra.
Formato incomum
Nenhuma outra nebulosa planetária já observada lembra a Mz3. A nebulosa M2-9 chega perto deste padrão, mas as velocidades do fluxo em Mz3 são 10 vezes maiores que as observadas em M2-9.
Além disso, notamos que a ultra massiva estrela Eta Carinae tem mostado padrões similares aos da Mz3 e da M2-9.
Os astrônomos Bruce Balick (Universidade de Washington) e Vincent Icke (Universidade de Leiden) usaram o Hubble para analisar esta nebulosa planetária, Mz3, em julho de 1997 com a câmera WFPC2 (Wide Field Planetary Camera 2). Um anos depois, os astrônomos Raghvendra Sahai e John Trauger do JPL (Jet Propulsion Lab) da NASA na Califórnia criaram novas imagens usando filtros distintos. O Hubble Heritage Team criou esta bela composição, baseando-se nos dois bancos de dados de 1997 (Balick et at.) e 1998 (R. Sahai (JPL) et al.).
A Nebulosa da Formiga reside a 4.500 anos-luz da Terra, tem uma magnitude de +13,8 e foi descoberta por Donald Howard Menzel em 1922.
Fontes
APOD: Nebulosa Planetária Mz3: A Nebulosa da Formiga – Créditos©: R. Sahai (JPL) et al., Hubble Heritage Team, ESA, NASA
Hubblesite: Astro-Entomology? Ant-like Space Structure Previews Death of Our Sun
ESA Hubble: Ants in space? – Tantalising detail in ant-shaped nebula illuminates last moments of Sun-like stars
Hubble Heritage Project: ASTRO-ENTOMOLOGY? ANT-LIKE SPACE STRUCTURE PREVIEWS DEATH OF OUR SUN
Astronomical Journal: Menzel 3: a Multipolar Nebula in the Making
._._.
1 menção
Arp244: uma dupla de galáxias em colisão na constelação do Corvo lembra as antenas de um inseto cósmico « Eternos Aprendizes
10/05/2010 às 14:57 (UTC -3) Link para este comentário
[…] esparsa dá ao conjunto o seu nome popular de “As Antenas”, pois lembram as antenas de um inseto cósmico. O par de galáxias NGC 4038/4039 é talvez uma das mais famosas duplas de galáxias em interação […]