A geleira Mertz se estende para fora da Antártida ao longo da costa George V. Esta curiosa geleira forma uma longa e fina ‘língua de gelo’ que termina no oceano, apontando na direção da Nova Zelândia/Austrália.
Assim, Geleira Mertz rotineiramente expulsa blocos gigantescos de gelo formando icebergs que circulam no sul do Oceano Pacifico. Em 10 de janeiro de 2010 o dispositivo Advanced Land Imager (ALI) no satélite Earth Observing-1 (EO-1) da NASA capturou esta imagem em cor real de um iceberg que se soltou da ‘língua de gelo’.

Imagem completa mostra parte da ‘lingua de gelo’ e o iceberg recém liberado. Crédito: NASA Earth Observatory
De forma similar a geleira que o gerou, o iceberg também possui uma superfície enrugada, acentuada nesta fantástica imagem pela baixa elevação do Sol na hora em que a fotografia foi criada.
Este belo iceberg media aproximadamente 8,5 por 9,5 km e estava cercado por blocos menores de gelo que devem ter se soltado da ‘língua de gelo’ da Geleira Mertz ao mesmo tempo em que o iceberg foi soltou-se da geleira.

‘Língua de gelo’ da geleira Mertz pelo satélite Envisat. Crédito: ESA
Na imagem acima feita por satélite Envisat da ESA abaixo vemos a ‘língua de gelo’ inteira e sua superfície enrugada. Grandes rachaduras ao longo da geleira modelam sua textura peculiar.
Icebergs que navegam pela costa da Antártida são colhidos pelas correntes oceânicas que circulam este continente gelado e por isso permanecem intactos por meses e até anos, desde que permaneçam em condições suficientemente gélidas.
Outros icebergs, entretanto, rumam ao norte para climas mais quentes e se desintegram. Através da observação do ciclo de vida dos icebergs em um clima mais quente em baixas latitudes permite aos cientistas fazer previsões sobre como as coberturas de gelo (grossas camadas de gelo ao longo da linha costeira) poderão responder a um aquecimento no clima. O projeto AMIGOSberg é uma das iniciativas que desenvolve tal estudo dos icebergs.
Fontes
NASA Earth Observatory: Iceberg off Mertz Glacier Tongue
European Space Agency (ESA): Mertz Glacier Tongue
National Snow and Ice Data Center: Mertz Glacier
._._.
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Penso que essas e outras ocorrências climáticas sempre ocorreram, mas com as novas tecnologias acessíveis (satélite, modelização computacionais, etc) estão sendo utilizadas de forma até oportunista para influenciar os povos sobre a possibilidade de cataclismas incomuns ocorrerem. Não sei de mudança climática na Terra que se concretize tão repentinamente (como em: “2012” e “O dia depois de Amanhã”) que não permitiram aos ecosistemas e principalmente ao homem sobreviver com folga de tempo. Eu execro “cientistas” que surgem como Profetas do Apocalipse, mas são “Tolos úteis” ou “Oportunistas”, distorcento o conhecimento que a comunidade científica tem para obter receita com venda de livros, filmes (eu me amarro em catástrofe!!!) ou beneficiar potências econômicas!
Autor
Marcelo,
É inegável que “essas e outras ocorrências climáticas sempre ocorreram”.
As diferenças entre o ‘agora’ e o ‘passado’, de forma bastante resumida, são as seguintes:
1-A população da Terra cresceu exponencialmente, assim qualquer catástrofe afeta muito mais gente agora que há 1 século atrás.
2-As capacidades de comunicação, agora, são muito superiores as do passado. Qualquer ‘mini-avalanche’ em ‘Tumbuctu’ (ou qq. lugar que seja) o mundo inteiro fica sabendo no mesmo dia… E mais, com detalhes explícitos gravados em câmeras digitais, celulares com câmeras, vídeos etc…
[…] glacial em 12 ou 13 de fevereiro separando um novo iceberg gigante do resto da geleira. Assim, a língua glacial da geleira Mertz formou um novo iceberg quase tão grande como B-09B. Estas imagens dramáticas capturadas pelo […]
[…] em 12 ou 13 de fevereiro separando- um novo iceberge gigante do resto da geleira. Assim, a língua glacial da geleira Mertz formou um novo iceberg quase tão grande como B-09B. Estas imagens capturadas pelo sensor Moderate […]