Hubble confirma a atuação da Matéria Escura no Universo Primordial

Imagem da câmera NICMOS do Hubble capturou o campo norte da pesquisa GOODS com imagens das galáxias distantes do Universo primordial. Crédito: C Conselice, A Bluck e equipe GOODS NICMOS

Uma nova pesquisa revelou como as galáxias mais massivas se formaram no Universo primordial e as descobertas confirmam a teoria que suporta a atuação da Matéria Escura Fria na evolução das galáxias. Um time de cientistas de 6 países usou câmera de captura da radiação infravermelha NICMOS do telescópio espacial Hubble para realizar a mais profunda pesquisa já realizada nas faixas infravermelhas do espectro.

Os primeiros resultados já apontam que as galáxias mais massivas, aquelas cujas massas são cerca de 10 vezes a da Via Láctea, estiveram envolvidas em níveis consideráveis de fusões e interações galácticas quando o Universo tinha a idade entre 2 e 3 bilhões de anos.

“Como a maioria dessas galáxias distantes está invisível para as faixas de freqüência da luz visível, essa é a primeira vez que tais galáxias foram observadas”, informou o Dr. Chris Conselice, líder da pesquisa. “Para aferir o nível de interações e fusões entre as galáxias massivas, nós pesquisamos por galáxias em pares, perto o suficiente para que ambas se juntem dentro de uma escala de tempo alvo. Embora as galáxias sejam bem massivas e à primeira vista pareçam que já estão completamente formadas, os resultados mostraram que elas experimentaram uma média de duas fusões significativas durante seus ciclos de vida”.

Os resultados mostraram também que tais galáxias não se formam através de um simples colapso de matéria no Universo primordial, mas que sua formação é mais gradual ao longo da evolução do Universo, em um intervalo de tempo de 5 bilhões de anos.

“As descobertas suportam uma previsão existente do modelo dominante da formação do Universo, conhecido como a Matéria Fria Escura”, disse Conselice, “assim elas revelam não apenas como se formaram as galáxias massivas, como também confirmam que o modelo usado para descrever o desenvolvimento do Universo se aplica na formação em geral das galáxias”.

Imagem obtida pela câmera NICMOS do Hubble flagrou o choque de galáxias que irão se fundir. Crédito: C Conselice, A Bluck, equipe GOODS NICMOS

A teoria da Matéria Escura Fria é um refinamento da teoria do Big Bang, que inclui a premissa que a maior parte da matéria do Universo consiste na realidade de um material que não pode ser observado através da radiação eletromagnética e se mostra como uma ‘matéria escura’ (invisível), composta de partículas lentas e frias.

Os resultados preliminares foram registrados no artigo de Asa Bluck na Universidade de Nottingham, que foi apresentado na Semana Européia de Astronomia e Ciência Espacial na Universidade De Hertfordshire.

Essas observações são parte da pesquisa GOODS (Great Observatories Origins Deep Survey), uma campanha que utilizara os grandes telescópios espaciais da NASA – Spitzer, Hubble e Chandra – juntos com o observatório de raios-X da ESA – XMM Newton, em um esforço conjunto para estudar o Universo distante.

Fonte

Universe Today: New Hubble Survey Supports Cold Dark Matter in Early Universe

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