Uma pequena quantidade do mineral zircônio, mais antiga que qualquer uma já encontrada na Terra, foi extraída a partir de uma amostra de rocha trazida pelos astronautas da missão Apollo 17. O mineral encontrado ajudará na apuração da data em que a Lua recém formada se solidificou.
O zircônio lunar não foi estudado na ocasião das missões Apollo pois a tecnologia apropriada não estava disponível na época, de 1969 a 1972, afirma o geólogo Clive Neal da Universidade de Notre Dame, Indiana, EUA. “É fantástico encontrar isto! Tal descoberta realmente enfatiza o valor das amostras lunares trazidas pelas missões Apollo“, exclamou [ 2,415 amostras pesando um total de 382 kg foram trazidas pelas 6 missões Apollo, principalmente pelas Apollo XV, XVI e XVII ].
Até agora o zircônio encontrado em rochas lunares tinha sido datado entre 3,9 e 4,35 bilhões de anos de idade, praticamente a mesma idade que o mais antigo zircônio encontrado aqui na Terra. Mas muitos desses grãos lunares vieram de áreas baixas, onde a crosta foi remexida depois de sofrer impactos de meteoritos.
Essa nova amostra, encontrada por Alexander Nemchin da Curtin University of Technology em Perth, Austrália, e seus colegas, tem 4,42 bilhões de anos de idade e veio das partes altas da Lua. Tal significa que a rocha se cristalizou após a primeira solidificação da crosta lunar, ou seja, apenas 100 milhões de anos após a formação da Lua (conforme Nature Geoscience, DOI: 10.1038/NGEO417).
As amostras de zircônio pesquisadas estabelecem os limites para a idade da Lua, ressalta Dianne Taylor da Universidade da Califórnia, Los Angeles, EUA, que esteve estudando amostras similares. Acredita-se que a Lua se formou do material ejetado pelo impacto titânico entre a Terra e um objeto massivo, no evento denominado “Big-Splash“, entre 10 a 100 milhões de anos após a formação do sistema solar, 4,57 bilhões de anos atrás. Taylor reconhece que a crosta lunar se formou 90 milhões de anos após o impacto o que está aderente com a idade calculada nos grãos de zircônio.
O zircônio existente na Terra, por outro lado, conta uma história diferente, de um planeta que esfriou e que desenvolveu uma crosta sólida ao longo de 200 milhões de anos a partir da nebulosa solar, disse John Valley da Universidade de Wiscosin-Madison, cujo grupo datou as amostras terrestres mais velhas. “É razoável encontrarmos na Lua rochas mais antigas que as da Terra”, ele afirma, pois como a Lua tem um tamanho menor o seu resfriamento se deu mais rapidamente que o da Terra, após o impacto colossal de planetas.
Fonte:
New Scientist: Apollo 17 sample helps date Moon por Eugenie Samuel Reich
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Eye,
é ridículo esse vídeo…
Para quem não acredita, maiores esclarecimentos sobre isso estão no excelente site:
http://zeca.astronomos.com.br/afraudedafraude/afraudedafraude.htm
Mesmo com essas evidências (pedras lunares) os Lunáticos ainda dizem que o homem nunca esteve na Lua…
A Fraude do Século (video postado no Youtube) é uma fraude!
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[…] e outro corpo celeste nos primórdios da formação do Sistema Solar (em cenário similar ao da formação da nossa Lua). O material expelido pela colisão se agregou por acresção na peculiar família de satélites […]