A sonda da NASA Mars Reconnaissance Orbiter que está atualmente orbitando Marte descobriu depósitos da gema opala no gigantesco complexo de cânions de Valles Marineris (considerado a maior fissura do Sistema Solar, aparentemente), a leste de Tharsis. É claro que, como pedra preciosa, a opala não é tão valiosa a ponto de estabelecermos uma exploração interplanetária. O mineralóide opala é formado por sílica amorfa hidratada e seu percentual de água pode chegar a 20%. A relevância dessa descoberta é a evidência que a água no estado líquido sobre existiu em Marte por mais 1 bilhão de anos além do que as teorias anteriores previamente estabeleciam. Com isso os cientistas suspeitam agora que a água em Marte teve um papel importante na modelagem de sua superfície e possivelmente suportou a existência da vida no passado no planeta vermelho.
Scott Murchie da Johns Hopkins University, que é o responsável pela operação do expectômetro da Mars Reconnaissance Orbiter afirma que “Essa é uma descoberta surpreendente uma vez que ela alonga o intervalo de tempo útil em que a água líquida existiu em Marte e aumenta a gama de lugares em que a vida poder ser existido” e acrescenta “a identificação do silicato de opalina nos diz que a água líquida em Marte pode ter existido até cerca de 2 bilhões de anos atrás”.
Até recentemente os estudos apontavam que a água líquida desapareceu da superfície do planeta vermelho há 3 bilhões de anos atrás. Essa teoria estava baseada nas descobertas de filossilicatos e sulfatos hidradatos similares ao barro. Agora essa descoberta de veios da gema opala permitiu a NASA reestimar a data da “Grande Seca” de Marte, deslocando-a para frente por mais 1 bilhão de anos.
The Register: NASA probe finds opals in Martian crevices – Mars became uninhabitable later than thought por Lewis Page
NASA JPL: NASA Orbiter Reveals Details of a Wetter Mars
{1} HiRise – High Resolution Imaging Science Experiment
1 comentário
8 menções
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Fantástico, com certeza outros minerais existem em Marte o que tornará a exploração do Planeta Vermelho economicamente viável.
Um dos grandes problemas a serem vencidos, alem dos já conhecidos será o de transportar para lá todo o “maquinário” e a infra-estrutura necessária para a retirada e o transporte até ao Planeta Terra.
Essas descobertas geológicas e no futuro até biológicas tornam a exploração espacial vital para a sobrevivência da humanidade.
Gostaria de ressaltar que não vi essa noticia em nenhum outro lugar, parabéns pelo trabalho.
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