M1: um incrível retrato composto da Nebulosa do Caranguejo pelo Spitzer, XMM-Newton, VLA e Chandra

https://www.nasa.gov/sites/default/files/thumbnails/image/stscihp1721af5290x5290.png

Esta composição da Nebulosa do Caranguejo (M1), o famoso remanescente da supernova que explodiu em 1.054, foi composta através da combinação de dados de cinco telescópios que abrangem quase todo o espectro eletromagnético: o VLA (Very Large Array), o Telescópio Espacial Spitzer, o Telescópio Espacial Hubble, os Observatório de alta energias espaciais XMM-Newton e Chandra. Clique na imagem para obter uma versão em alta resolução. Créditos: NASA, ESA, NRAO/AUI/NSF e G. Dubner (Universidade de Buenos Aires)

Um grupo de astrônomos produziu uma imagem altamente detalhada da Nebulosa do Caranguejo (M1), combinando dados de diversos telescópios abrangendo quase toda a amplitude do espectro eletromagnético, desde as ondas de rádio vistas pelo VLA (Karl G. Jansky Very Large Array) até ao poderoso brilho de raios-X capturado pelo Observatório Espacial Chandra. Foram incluídos, dentro dessa gama de comprimentos de onda, a nítida visão ótica do Telescópio Espacial Hubble e a perspectiva no infravermelho do Telescópio Espacial Spitzer.

A Nebulosa do Caranguejo resulta de uma brilhante explosão de supernova vista pelos chineses e outros astrônomos no ano 1.054 e reside a 6.500 anos-luz da Terra. No seu centro está uma estrela de nêutrons superdensa, completando uma rotação a cada 33 milissegundos, disparando faróis giratórios de ondas de rádio e luz, ou seja, um pulsar (note o ponto brilhante no centro da imagem). A forma intricada da nebulosa é provocada por uma interação complexa do pulsar, um vento veloz de partículas originadas do pulsar, o material originalmente expelido pela supernova e a matéria ejetada pela própria estrela antes dela explodir.

A imagem em destaque combina dados de cinco telescópios diferentes: o VLA (rádio) em vermelho; o Telescópio Espacial Spitzer (infravermelho) em amarelo; o Telescópio Espacial Hubble (visível) em verde; o XMM-Newton (ultravioleta) em azul; e o Observatório de raios-X Chandra (raios-X) em roxo.

Veja abaixo a animação da composição da nova imagem da Nebulosa do Caranguejo, obtida através da combinação de dados de cinco telescópios que abrangem quase todo o espectro eletromagnético: o VLA, o Telescópio Espacial Spitzer, o Telescópio Espacial Hubble, o Observatório XMM-Newton e o Observatórios de raios-X Chandra [ Créditos: NASA, ESA, NRAO/AUI/NSF e G. Dubner (Universidade de Buenos Aires) ]

 

As novas observações do VLA, do Hubble e do Chandra foram todas obtidas quase na mesma época, em novembro de 2012. Um time de cientistas, liderado por Gloria Dubner do IAFE (Institute of Astronomy and Physics), do CONICET (National Council of Scientific Research) e da Universidade de Buenos Aires, Argentina, fez então uma análise completa dos detalhes recentemente revelados com o objetivo de recolher novas informações sobre a física complexa do objeto.

O artigo científico intitulado “Morphological properties of the Crab Nebula: a detailed multiwavelength study based on new VLA, HST, Chandra and XMM-Newton images” foi publicado em The Astrophysical Journal.

Gloria Dubner explicou:

A comparação destas novas imagens, obtidas em diferentes comprimentos de onda, está a fornecer-nos novos detalhes sobre a Nebulosa do Caranguejo. Embora já seja estudada extensivamente há décadas, ainda temos muito a aprender sobre ela.

Fonte

NASA: Observatories Combine to Crack Open the Crab Nebula

Artigo Científico

Arxiv.org: Morphological properties of the Crab Nebula: a detailed multiwavelength study based on new VLA, HST, Chandra and XMM-Newton images

._._.

1704 – Morphological properties of the Crab Nebula a detailed multiwavelength study based on new VLA, HST, Chandra and XMM-Newton images

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