22 de junho de 1978 – A descoberta de Caronte

Não Há Dia Sem História

22 de junho de 1978

A descoberta de Caronte

Dr. James W. Christy

Dr. James W. Christy

Na noite de 22 de junho de 1978, há 38 anos, o Dr. James W. Christy (nascido em 1938), do U.S. Naval Observatory, estava estudando Plutão quando percebeu que a mancha que representava o planeta tinha uma visível elongação, tendo mais o formato de uma pera do que de uma esfera. As estrelas que apareciam ao fundo não apresentavam esta elongação. Christy concluiu que se tratava de um satélite e publicou a descoberta na revista Astronomical Journal (Christy e Harrington, Astronomical Journal, 83, 105, 1978). O nome Harrington que aparece na referência da publicação é Robert Sutton Harrington (1942-1993) que também era astrônomo e colega de Christy no Observatório Naval. Harrington teria sido o responsável pelo cálculo da massa do satélite descoberto.

http://www.nasa.gov/sites/default/files/thumbnails/image/nh-charon-neutral-bright-release.jpg

Imagem de Caronte em cores reforçadas. A sonda New Horizons capturou esta imagem a cores e em alta-resolução de Caronte antes da maior aproximação do dia 14 de julho de 2015. O mosaico combina imagens azuis, vermelhas e infravermelhas obtidas pelo instrumento Ralph/MVIC (Multispectral Visual Imaging Camera). As cores foram processadas para melhor realçar as propriedades da superfície em Caronte. A paleta de cores não é tão diversa como a de Plutão: o tom mais avermelhado é o da região polar norte, informalmente conhecida como Mordor Macula. Caronte mede 1.214 km de diâmetro. A imagem resolve detalhes tão pequenos quanto 2,9 km. Créditos: NASA/JHUAPL/SwRI

Em 1978 não existiam os recursos da Ótica Adaptativa ou os telescópios orbitais. No século XXI, mais precisamente em 2010, um telescópio como o Nordic Optical Telescope, de 2,6 metros, localizado no Observatório Roque de los Muchachos, em La Palma, Ilhas Canárias, consegue obter, sem Ótica Adaptativa, uma foto como esta:

Ótica adaptativa - sem correção e com correção. Crédito: ESO

Ótica adaptativa – sem correção e com correção. Crédito: ESO

Mas a imagem com a qual o Dr. Christy estava trabalhando, em 22 de junho de 1978, era esta imagem abaixo:

Charon_Discovery_James_Christy_1978

Sabendo que Plutão tem um eixo de rotação bastante inclinado e observando as alterações da elongação, foi possível traçar o desenho da órbita de Caronte, na ilustração abaixo:

órbita de Caronte

Sistema Plutão Caronte e as outras luas em escala. Crédito: Hubble

A visão de 2012 do sistema Plutão/Caronte e as outras luas em escala (Nix, Hydra, P4 e P5). Crédito: Hubble – julho de 2012

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6 menções

  1. […] Há onze anos, apenas a maior das luas de Plutão (Caronte) era efetivamente conhecida pelos astrônomos. Caronte foi descoberta por James Christy em 22 de junho de 1978. […]

  2. […] Caronte é um mundo criogênico com 1.208 quilômetros de diâmetro. Tal faz da maior lua de Plutão ter 9,5% da largura do planeta Terra. Por outro lado, Caronte tem pouco mais da metade do recém aferido diâmetro de Plutão (2.370 km). […]

  3. […] Caronte é um mundo criogênico com 1.200 quilômetros de diâmetro. Tal faz da maior lua de Plutão ter 10% da largura do planeta Terra. Por outro lado, Caronte tem metade do recém aferido diâmetro de Plutão. […]

  4. […] Dentro de três semanas a espaçonave robótica New Horizons chegará ao sistema planetário de Plutão-Caronte. […]

  5. […] « 22 de junho de 1978 – A descoberta de Caronte […]

  6. […] lua P4 orbita entre as luas Nix e Hydra, que os astrônomos detectaram com o Hubble em 2005. Caronte foi descoberto em 1978 pela equipe do Observatório Naval do EUA e discernido oticamente pela primeira vez via Hubble em 1990, enxergado como um corpo apartado de […]

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