ESO: primeira luz do novo laser instalado no VLT em Monte Paranal

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A equipe da 4 Laser Guide Star Facility (4LGSF, Infraestrutura de Estrela Guia Laser 4) alcançou a primeira luz com a primeira de quatro unidades de estrela guia laser montada no Telescópio Principal número 4 do Very Large Telescope do ESO, no Paranal. Este é um passo crucial no sentido de criar uma Infraestrutura de Ótica Adaptativa completa. A primeira luz ocorreu na noite de 29 de abril de 2015, quarta-feira, e a primeira imagem do laser de 22 watts a ser lançado, tirada com a Laser Pointing Camera (LPC), mostra um intenso raio cor de laranja que aponta a um aglomerado globular. Créditos: ESO/D. Bonaccini Calia and the 4LGSF team

A equipe da 4 Laser Guide Star Facility (4LGSF, Infraestrutura de Estrela Guia Laser 4) alcançou a primeira luz com a primeira de quatro unidades de estrela guia laser montada no Telescópio Principal número 4 do Very Large Telescope do ESO, no Paranal. Este é um passo crucial no sentido de criar uma Infraestrutura de Ótica Adaptativa completa.

Uma das primeiras imagens do laser de 22 watts a ser lançado, capturada com a Laser Pointing Camera (LPC) [1], mostra um intenso raio cor de laranja que aponta a um aglomerado globular. Em outra das imagens da LPC o raio está sendo apontado para o planeta Saturno.

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Esta imagem mostra o intenso raio cor de laranja a ser apontado na direção do planeta Saturno. Crédito: ESO/D. Bonaccini Calia and the 4LGSF team

A infraestrutura de Ótica Adaptativa usa sensores para analisar a turbulência atmosférica e um espelho deformável integrado no telescópio para corrigir a imagem de distorções causadas pela atmosfera. No entanto, é necessário também que várias estrelas brilhantes pontuais se encontrem no céu na região pretendida de modo a corrigir-se os efeitos da turbulência, sendo que estas estrelas têm que estar muito perto do objeto que se quer observar.

Encontrar várias estrelas reais que desempenhem este papel é bastante improvável e, por isso, para que seja possível corrigir a turbulência atmosférica em todo o céu, para todos os possíveis alvos científicos, são projetados no céu poderosos raios laser. Quando estes raios interagem com a camada de sódio na alta atmosfera, criam estrelas artificiais. Ao medir os movimentos e distorções induzidos pela atmosfera nestas estrela artificiais e fazendo ajustes mínimos ao espelho secundário deformável, o telescópio pode produzir imagens muito mais nítidas do que o que seria possível sem ótica adaptativa.

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Quando estiver completa em 2016, a Infraestrutura de Ótica Adaptativa fará com que o Telescópio Principal 4  se torne um telescópio completamente adaptativo, que nos dará imagens corrigidas da turbulência atmosférica para todos os seus instrumentos, sem necessidade de juntar módulos adaptativos e óticas suplementares. O conceito é muito mais complexo do que apenas instalar um espelho secundário deformável, já que todos os instrumentos do telescópio foram também eles optimizados para esta atualização. No futuro serão instaladas mais três estrelas guia laser artificiais, para além da que acaba de ver a primeira luz, o que fará com que a turbulência atmosférica possa ser mapeada com grande pormenor, permitindo assim ao telescópio produzir imagens ainda melhores.

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Esta imagem mostra o laser sendo lançado contra o céu. Crédito: J. Girard/ESO

Nota

[1] O instrumento Laser Pointing Camera foi desenvolvido pelo INAF – Osservatorio Astronomico di Roma em Itália e construído pela Astrel-Instruments.

Fonte

ESO: ann15034 — First Light of New Laser at Paranal

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