A sonda MOM (Mars Orbiter Mission) ou Mangalyaan da Índia entrou com sucesso em órbita do planeta Marte no dia 24 de setembro de 2014, depois de disparar o seu motor principal e outros oito motores menores. A operação durou 1.388,67 segundos, o que alterou a velocidade da nave espacial por 1,099 km/s. Com esta operação, a sonda entrou numa órbita elíptica em torno de Marte.
A inserção orbital evoluiu satisfatoriamente e a performance da sonda esteve dentro do esperado. Mangalyaan está agora em uma órbita onde o ponto mais próximo se encontra a 421,7 km e o ponto mais distante a 76.993,6 km de Marte. A inclinação da órbita em relação ao plano equatorial de Marte é de 150 graus, como planejado. Nesta órbita, a sonda demora 72 horas, 51 minutos e 51 segundos a completar uma volta a Marte.
A Mangalyaan foi transportada pelo veículo de lançamento indiano PSLV, lançado no dia 5 de novembro de 2013, onde ficou estacionada em órbita terrestre até dia 1 de dezembro de 2013. Seguiu-se uma manobra de injeção e a sonda escapou da órbita da Terra e prosseguindo em um percurso que permitiu encontrar-se com o Planeta Vermelho em 24 de setembro de 2014.

A primeira imagem obtida pela missão MOM mostra a superfície de Marte a 7.300 km de distância. Crédito: ISRO
Com o sucesso da operação de inserção orbital, a agência indiana ISRO (Indian Space Research Organisation) torna-se na quarta agência espacial a enviar com sucesso uma nave espacial para a órbita de Marte e é a primeira nação a alcançar Marte logo na primeira tentativa. Nas próximas semanas, a sonda será testada exaustivamente e seguidamente terá início a campanha de observação sistemática do planeta com os seus cinco instrumentos.
A sonda indiana vai estudar o clima de Marte, fotografar a superfície e mapear os minerais do planeta vermelho e poderá ser capaz de determinar de onde é que surgiu o metano detectado por sondas anteriores.
A MOM é a segunda sonda a chegar a Marte no espaço de uma semana, a sonda MAVEN da NASA chegou a Marte três dias antes, em 21 de setembro de 2014. Curiosamente, o custo da missão total da MOM é de aproximadamente 74 milhões de dólares, uma pequena fração dos 670 milhões de dólares que a NASA orçou para a missão MAVEN. Veja a charge abaixo…

EUA: “Então você conseguiu?” INDIA: “Yeah… eu mandei meu satélite em passagem econômica!”
Fonte
ISRO
._._.
4 comentários
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Obrigado, amigo Ricardo e internautas.
Há, parabéns para a Ìndia. Aguardando mais iniciativas do Brasil (o b minúsculo acima foi erro na digitação). Abs a tds
Autor
É o que todos esperamos! Porém, para tal, o Brasil tem que alocar muito mais verbas para participar de iniciativas como esta.
[acertei o erro no seu comentário]
Bom dia. A Índia agora entra para o pequeno grupo dos países que conseguiram enviar objetos (em órbita ou de aterragem e exploração em solo) ao planeta Marte. A Índia, pelo que pesquisei, tem apresentado bom desenvolvimento econômico, porém, maiores problemas sociais. Considerando esses fatores, as conquistas espaciais se deram por iniciativa e prioridade do Governo para o avanço científico. O mesmo poderia ser executado aqui no Brasil, que em tese, está socialmente melhor, mas falta investimento maior no segmento espacial. Pura questão de prioridade e iniciativa. A china esteve há poucos meses na Lua e fez sua aterragem. A Europa – ESA – está mobilizada em diversos programas. Esperamos que o Brasil avance/entre no grupo de exploradores. São necessários tais passos para futura colonização humana em Marte ou para desvendar mistérios do Universo e vida além daqui. Abs