M8: Hubble revela as formas ondulantes da Nebulosa da Lagoa

A Nebulosa da Lagoa (M8) capturada pelo Hubble. Clique na imagem para acessar a versão em alta resolução. Créditos: NASA/ESA/Hubble

A Nebulosa da Lagoa (M8) capturada pelo Hubble. Clique na imagem para acessar a versão em alta resolução. Créditos: NASA/ESA/Hubble

Como artísticas pinceladas inspiradas em uma tela, montanhas de cores parecem fluir suavemente através deste cenário. No entanto, aqui, o tamanho da tela beira quase 3 anos-luz de diâmetro e as cores demonstram a emissão da radiação a partir dos gases ionizados na belíssima Nebulosa de Lagoa. A rica imagem acima foi capturada pela câmera ACS (Advanced Camera for Surveys) do observatório espacial Hubble da associação NASA/ESA.

Esta nebulosa, catalogada como a M8 e como NGC 6523, é um berçário estelar com tamanho de 110 por 50 anos luz que reside na direção da constelação de Sagittarius, entre 4.000 e 6.000 anos-luz de distância da Terra.

Esta gigante nuvem interestelar contém uma pletora de  glóbulos de Bok, nuvens moleculares enegrecidas com material protoestelar em colapso. Destes, os glóbulos mais proeminentes foram calalogados pelo astrônomo E. E. Barnard como as designações: B88, B89 e B296.

Esta notável e aguçada visão em close-up revela formas ondulantes esculpidas tanto pela luz energética ultravioleta como também pelos poderosos ventos originados das estrelas tipo-O, jovens, massivas e quentes que habitam a vizinhança.

A Nebulosa de Lagoa (ou Laguna) é um dos alvos favoritos dos astrônomos amadores uma vez que esta nuvem cósmica exibe uma faixa de poeira e uma brilhante forma (ou nebulosa) de ampulheta em seu núcleo, figuras que são visíveis em telescópios menores que possuem um campo de visão mais largo.

A nebulosa da Ampulheta que reside no núcleo da nebulosa da Lagoa. Crédito: J. Trauger (JPL /Caltech), HST, STSci, NASA

A nebulosa da Ampulheta que reside no núcleo da nebulosa da Lagoa. Crédito: J. Trauger (JPL /Caltech), HST, STSci, NASA

Em 2006 os primeiros quatro objetos de Herbig-Haro foram observados na região, entre eles o HH 870 que reside dentro da nebulosa da ampulheta, no núcleo da M8. Esta descoberta forneceu a primeira evidência direta sobre a formação estelar por acresção dentro da M8.

Fontes

APOD:

Hubble (ESA): Waves breaking in the stellar lagoon

Artigo Científico

ArXiv.org: The infrared Hourglass cluster in M8

._._.

3 comentários

1 menção

  1. Que prazer Meu Deus. Se não houvesse tantas telenovelas e começasse a existir mais informação desta, seja pela internet, seja pela TV, andaríamos todos, bem mais criativos, agradecidos, amigos da cor, da luz, da beleza. Energia-Albufeira/Algarve 😉

    • Marcelo Soares em 05/10/2010 às 23:59
    • Responder

    Salvem Ricardo e Equipe:

    Infelizmente o avançar das horas não me permite “degustar” melhor o maravilhoso conteúdo que vocês disponibilizam aqui. Mas, com certeza, serei frequentador assíduo.

      • ROCA em 06/10/2010 às 08:46
        Autor

      Bem vindo Marcelo!

  1. […] mostradas aqui em cores enriquecidas. Trata-se de um panorama recentemente processado da M8, capturando uma área nos céus equivalente a duas vezes o diâmetro da Lua […]

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