Observatório Gemini revela fenômeno que paralisou o desenvolvimento de uma galáxia massiva

Impressão artística mostra um quasar primordial, cercado por nuvens de gases e poeira cósmica, estrelas e aglomerados de estrelas jovens. Novas pesquisas sugerem que as galáxias massivas tiveram sua formação de estrelas paralisada quando o Universo estava ainda nos seus primórdios, com cerca de 3 bilhões de anos de idade. Os astrônomos suspeitam que os buracos negros centrais supermassivos (que existem no coração dos quasares) exerceram uma influência sobre a interrupção do nascimento de novas estrelas. Crédito: NASA / ESA / ESO / Wolfram Freudling et al. (CCTEP)

Impressão artística mostra um quasar primordial, cercado por nuvens de gases e poeira cósmica, estrelas e aglomerados de estrelas jovens. Novas pesquisas sugerem que as galáxias massivas tiveram sua formação de estrelas paralisada quando o Universo estava ainda nos seus primórdios, com cerca de 3 bilhões de anos de idade. Os astrônomos suspeitam que os buracos negros centrais supermassivos (que existem no coração dos quasares) exerceram uma influência sobre a interrupção do nascimento de novas estrelas. Crédito: NASA / ESA / ESO / Wolfram Freudling et al. (CCTEP)

Os cientistas encontraram evidências de um evento catastrófico foi responsável pela paralisação do nascimento de estrelas em uma determinada galáxia no início do Universo. De acordo com as suas conclusões, há apenas 3 bilhões de anos depois do Big Bang, uma galáxia massiva sofreu uma série de detonações, cada uma bilhões de vezes mais poderosa que a maior das bombas atômicas. As explosões ocorreram repetidamente, com segundos de intervalo, por milhões de anos. “Nós estamos olhando para o passado e vendo um evento catastrófico que, essencialmente, desativou a formação de estrelas e suspendeu o crescimento de uma massiva galáxia comum no Universo visível”, disse o autor Dr. Dave Alexander, da Universidade de Durham.

Esta é uma observação que mostra o gás na galáxia SMM J1237 +6203 capturado usando o instrumento Near-Infrared Integral Field Spectrometer (NIFS) do Gemini. Os contornos mostram como a explosão de energia viaja através da galáxia. Créditos: Dave Alexander Mark Swinbank, Universidade de Durham e Observatório Gemini

Esta é uma observação que mostra o gás na galáxia SMM J1237 +6203 capturado usando o instrumento Near-Infrared Integral Field Spectrometer (NIFS) do Gemini. Os contornos mostram como a explosão de energia viaja através da galáxia. Créditos: Dave Alexander Mark Swinbank, Universidade de Durham e Observatório Gemini

 Gemini analisou a galáxia SMM J1237 +6203

Usando o dispositivo Near-Infrared Integral Field Spectrometer (NIFS) do observatório Gemini, que opera em freqüências próximas do infravermelho, os cientistas observaram a galáxia SMM J1237 +6203 e notaram certas propriedades observadas em outras galáxias mais massivas próximas da nossa Via Láctea, o que sugere que um grande evento extinguiu rapidamente a formação estelar nas primeiras galáxias e deteve por algum tempo a sua expansão.

Este evento catastrófico observado ocorreu quando o Universo tinha um quarto de sua idade atual. As explosões dispersaram o gás que forma novas estrelas, ajudando-o a escapar da atração gravitacional da galáxia, regulando seu crescimento, acrescentaram os pesquisadores.

Eles acreditam que o grande aumento de energia foi causado pelo fluxo matéria gerado pelo buraco negro supermassivo galáctico ou por ventos explosivos por detonações de supernovas.

Diversos teóricos, incluindo os cientistas da Universidade de Durham, afirmavam que isto poderia ser devido aos fluxos energéticos de dentro para fora, que reformataram as galáxias, mas até agora não havia fortes evidências disso. A equipe espera que estas novas descobertas possam aumentar a nossa compreensão sobre a formação e desenvolvimento de galáxias.

Auto-regulação galáctica?

“Efetivamente, esta galáxia observada está ‘regulando’ o seu crescimento evitando que nasçam novas estrelas”, disse Alexander. “Os teóricos previram que um enorme fluxo de energia está por trás desta atividade, mas só agora conseguimos ver o fenômeno em ação. Acreditamos que um fluxo similar parou o crescimento em outras galáxias no Universo primordial, ejetando para fora da galáxia os materiais necessários para a formação de estrelas.”

A equipe de Durham agora planeja estudar outras galáxias com formação estelar massiva no Universo primordial para ver se elas apresentam características semelhantes.

Fontes

Scientific Blogging: Star Birth In SMM J1237+6203 Halted By Catastrophic Explosions

Science Daily:

Universe Today: Massive Repeated Explosions Halted Star Formation in Early Universe

Eternos Aprendizes: Buracos negros glutões alimentavam antigas e misteriosas bolhas cósmicas?

._._.

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  1. […] Leia também: Observatório Gemini revela fenômeno que paralisou o desenvolvimento de uma galáxia massiva […]

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