Duas luas pastoras continuam a afetar o anel F de Saturno, como podemos ver nesta imagem enviada pela sonda robótica Cassini. A lua Pandora, que fica fora do anel, junto com a lua Prometeu, na parte interna, periodicamente criam as perturbações mostradas acima. O satélite em forma da batata Prometeu empurra o material do anel e deixa para trás um canal escuro. Durante sua órbita de 14,7 horas em torno de Saturno, a lua Prometeu (102 km de diâmetro) atinge o ponto mais distante do planeta Saturno, na posição chamada de apokrone (ou apoastro) Nesta posição, a mais próxima do anel F a sua gravidade torna-se forte o suficiente para desenhar um fluxo de material fora da região principal do anel F.
O vai e volta de Prometeu
A criação de tais fluxos e canais ocorre em um ciclo que se repete a cada órbita de Prometeu: quando o satélite retorna ao apokrone e desenha um novo fluxo de material a partir do anel F. O ciclo se repete, pois Prometeu orbita mais rápido que o material do anel, o novo fluxo é gerado em uma posição distinta no anel por cerca de 3,2 graus (em longitude) à frente do fluxo anterior.
Desta maneira, uma seqüência de canais e fluxos é criada ao longo do anel F. Assim, 10 a 15 estruturas podem ser visualizadas no anel F de uma só vez.
Esta visão do anel foi tomada nas freqüências da luz visível a partir câmera de ângulo-restrito da sonda Cassini em 20 de agosto de 2009, a uma distância de 2,3 milhões de quilômetros de Saturno. A escala desta imagem é de 13 km por pixel.
Fontes e referências
Universe Today: Amazing Ring Ripples por Nancy Atkinson
NASA, JPL: Informações sobre Cassini
Ciclops.org: The Cassini imaging team homepage
2 comentários
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Parecem ondas enormes. E aquela impressão de que uma lua desarruma e a outra arruma o anel. 🙂