Estarão as civilizações galácticas em ilhas isoladas de um vasto oceano interestelar?

Allen Telescope Array, Califórnia

Allen Telescope Array (ATA), Califórnia: O sistema de radiotelescópios ATA entrou em operação em setembro de 2008 e foi testado pelo SETI no dia 10/09 quando foi apontado para a sonda New Horizons (que está a caminho de Plutão) e capturou seu sinal de rádio com sucesso.

Dr. Seth Shostak, astrônomo e líder do programa de procura por vida extraterrestre inteligente, o SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), falou aqui sobre a impossibilidade de existir um “império galáctico” e as formidáveis dificuldades de contato entre as possíveis civilizações inteligentes da galáxia. Vamos ver a seguir o que pensa Dr. Seth sobre esse tema…

Seth Shostak do programa SETI

Seth Shostak do programa SETI

O Universo é propenso a ter vida?

Durante anos os cientistas lutaram contra um fato enigmático: o Universo parece ser extraordinariamente adequado para a presença da vida. As suas propriedades físicas estão perfeitamente ajustadas de modo a permitir a nossa existência. Estrelas, planetas e o tipo ‘grudento’ de química que produz peixes, plantas e seres humanos, tudo isto seria impossível se algumas das constantes cósmicas fossem apenas ligeiramente diferentes.

Mundos isolados

Por outro lado, existe outra propriedade cosmológica igualmente importante: o Universo está construído de tal maneira que mantém o isolamento entre os mundos.

Aprendemos esta lição há pouco tempo. A grande descoberta aconteceu em 1838 quando Friedrich Bessel venceu os seus colegas, ávidos observadores via telescópicos, e tornou-se o primeiro astrônomo a medir a distância da Terra a uma estrela, diferente do Sol. 61 Cygni, um sistema binário na nossa vizinhança, dista de nós em torno de 11 anos-luz. Para aqueles que são adeptos de modelos para comparação, pense desta forma: se encolhêssemos o Sol até o tamanho de uma bola de tênis de mesa e a colocássemos no tanque principal do Oceanário do Parque das Nações em Lisboa, 61 Cygni seria outra bola ligeiramente menor perto de Gotemburgo, na Suécia.

As distâncias entre estrelas adjacentes são medidas à escala de dezenas de bilhões de quilômetros. As distâncias entre civilizações adjacentes, mesmo assumindo que existem muitas por aí, são medidas à escala de milhares de bilhões de quilômetros – centenas de anos-luz, para usar uma unidade mais fácil de entender. Note que este número não muda muito se considerarmos o número estimado de planetas com civilizações extraterrestres que pensamos que existam – a distância de separação é praticamente a mesma se achamos que existam dezenas de milhares de sociedades galácticas ou um milhão na nossa galáxia…

Viagens interestelares relativísticas?

As distâncias interestelares são enormes, gigantescas. Se a física do Universo tivesse sido diferente – exemplo: se a constante gravitacional fosse menor – talvez as estrelas tivessem nascido bem mais perto umas das outras, e uma viagem até aos nossos vizinhos interestelares não teria seria nada mais que uma entediante boléia de foguete, como um vôo transcontinental a bordo de um avião. Para viajar de uma estrela para outra estrela próxima à velocidade dos nossos melhores foguetes demoraria algo da ordem de 100.000 anos. Para qualquer civilização extraterrestre que tivesse conseguido armazenar quantidades tão gigantescas de energia e proteger-se devidamente contra a radiação, requisito absolutamente necessário para um vôo espacial relativista, o tempo de viagem ainda assim seria medido em anos (se não para os intrépidos viajantes, mas para aqueles que eles deixassem para trás à seus comandantes).

O legado dos Romanos

O Império Romano em 117 DC atingiu sua extensão máxima (5.900.000 km²), após a conquista da Dácia, pelo imperador Trajano.

O Império Romano em 117 DC atingiu sua extensão máxima (5.900.000 km²), após a conquista da Dácia, pelo imperador Trajano.

Isto tem algumas conseqüências óbvias (que, extraordinariamente, sempre escaparam à atenção da maioria dos escritores de Hollywood). Para começar, é melhor esquecer “impérios” galácticos ou o termo agora politicamente-correto: “federações”. Há dois mil anos, os Romanos ergueram um império que se estendia desde a Península Ibérica até ao Iraque, com um raio de cerca de 2.000 km. Os Romanos conseguiram esta conquista extraordinária graças à sua excelente organização logística e ao desenvolvimento da engenharia civil. Todas aquelas estradas do império (para não falar do uso do Mediterrâneo) permitiram-lhes mover as suas tropas a alguns quilômetros por hora. Até os mais ermos cantos do Império Romano poderiam ser alcançados em alguns meses ou menos, ou melhor, até cerca de 1% do tempo de vida do legionário comum (digamos: cerca de 30 anos). Fazia sentido, na época, levar a cabo campanhas desenhadas para manter coesa uma complexa e extensa estrutura social, uma vez que para atingir quaisquer partes do império era necessário até o máximo de 1% de uma vida (vamos fixar isto aqui: 1% de 30 anos ≈ 4 meses de viagem).

A expansão e declinio do Império Romano.

A expansão e declinio do Império Romano.

O que é raio de controle de comando?

No século XIX, os barcos a vapor e as estradas de ferro aumentaram as velocidades de deslocamento dos exércitos por um fator de dez, o que estendeu o raio de controle de comando (a distância máxima na qual o comando central consegue administrar um vasto império ou federação) por um valor similar. Assim, com essa infraestrutura, os ingleses conseguiram governar e manter a hegemonia do império britânico controlando colônias espalhadas pelo globo terrestre.

Como construir ‘federações galácticas’ e manter o controle de comando?

Mas aqui, quando falamos de distâncias galácticas, é que o assunto muda radicalmente de figura.  Mesmo que conseguíssemos mover pessoas e recursos quase que à velocidade da luz (uma capacidade impossível, tanto agora quanto para se atingir em futuro próximo), esta “regra de 1% da vida” ainda limitaria a nossa capacidade de intervir efetivamente – o nosso raio de controle de comando – a distâncias inferiores a um ano-luz (na verdade: 4 meses-luz, para sermos fiel ao modelo sugerido acima). Mas, 4 meses-luz é consideravelmente muito menor – um décimo – que a distância entre o Sol e a sua estrela mais próxima (a anã-vermelha Próxima Centauri, que fica a ≈ 4,22 anos-luz da Terra). Conseqüentemente, a suposta “Federação Galáctica” será sempre apenas uma bela ficção (como se já não soubéssemos disso…). Sendo assim, por exemplo, mesmo que fossemos avisados (uma capacidade de comunicação também impossível de ser atingida como veremos abaixo) que uma civilização extraterrestre belicosa estaria prestes a disseminar o caos e a destruição em nossas colônias no Braço Galáctico de Perseus, não poderíamos reagir rápido o suficiente para mudar o resultado do conflito. E as nossas tropas locais de resistência há muito que já teriam sido dizimadas antes que o reforço da federação alcançasse as linhas da frente do combate.

Em outras palavras, quaisquer formas de vida inteligente extraterrestre que possam existir por aí muito provavelmente não chegarão a tomar conhecimento sobre a existência de outras.

Capacidade limitada de comunicação

Um argumento semelhante e ainda mais forte pode ser aplicado às capacidades de comunicação dentro de um império de larga escala. As trocas de informação no passado demoravam vários meses (uma carta por mar, por exemplo). Genericamente falando, regularmente começamos qualquer projeto de grande porte bem-definido com a duração de mais que duas ou três gerações. Os construtores de catedrais medievais estavam dispostos a gastar esse tempo para completar os seus edifícios góticos. Aqueles que enterram “cápsulas do tempo” estão ocasionalmente dispostos a deixar passar séculos antes que os seus conteúdos sejam desenterrados. Mas, então o que dizer de um projeto que demore vários séculos, ou até milênios? Quem afinal é que está disposto a fazer tal empreitada?

Epsilon Eridani b

Exemplificando: vejamos aqui um cenário para mostrar a importância da comunicação. Vamos supor que nós terráqueos consigamos estabelecer em Epsilon Eridani, uma estrela irmã jovem do Sol, uma anã-laranja da classe K, que dista apenas 10,5 anos-luz da Terra, uma colônia promissora. A colônia consegue se estabelecer com sucesso e reporta a Terra periodicamente os relatórios e notícias sobre os fatos relevantes. As informações levam 10 anos e meio (!) para chegar a Terra, mas o processo unidirecional de envio de dados pelo espaço tem funcionado com sucesso. Assim, suponhamos que algum tempo depois ocorra um problema gravíssimo com os simpáticos colonos que para solucionar a colônia necessite de uma intervenção da Terra… a solicitação de ajuda levará 10 anos e meio para chegar ao governo na Terra. Como ajudar nossos companheiros em Epsilon Eridani, então? Impossível!  E se por outro lado a colônia decidir ‘se rebelar’ e cortar as comunicações com o governo da Terra? O governo ‘imperial central’ levará 10 ½ anos para notar a falta de comunicação e mais algumas décadas para descobrir o que aconteceu (uma tragédia repentina? uma extinção em massa? o que houve afinal?), reagir e ‘retomar o poder’.

Chegamos aqui a uma conclusão incontestável: um controle imperial galáctico humano ou uma federação multi-estelar de terráqueos será sempre impossível tecnicamente. Se a colonização e exploração de outros sistemas solares se tornar realidade no futuro, cada sistema terá seu governo próprio e independente sem qualquer vínculo com os governos de outros sistemas. Governar  e controlar efetivamente só será viável dentro do seu próprio sistema solar.

Busca por sinais da vida inteligente extraterrestre (SETI)

Claramente, estas simples observações têm que ter implicações para organizações que se dedicam à pesquisa de sinais de vida inteligente no espaço, como o famoso programa de procura por vida extraterrestre inteligente, o SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence). O programa SETI busca identificar e processar supostas transmissões que vêm de fora do nosso sistema Solar. Essas mensagens de civilizações extraterrestres terão que viajar durante centenas ou milhares de anos para chegar até nós. Em particular, se existirem sinais a serem espalhados pela Galáxia com os mesmos propósitos que o SETI (entrar em contato), então:

  1. Estes extraterrestres têm uma esperança de vida muito maior que a nossa, o que (se você é um fã da inteligência artificial) implica o fato de provavelmente não serem biológicos.
  2. Ainda nos faltam conhecimentos importantes de Física, que nos permitiriam comunicar mais rapidamente que a luz, e estes esforços de comunicação extraterrestre não incluem o envio de luz ou ondas de rádio pelo espaço, mas algo bastante mais poderoso e avançado tecnologicamente, algo que a nossa civilização não consegue [ainda (?)] receber.

Muitos leitores irão, talvez num sentido de perversidade afetiva, escolher a segunda hipótese. Talvez tenham razão, mas isso desafia tudo o que sabemos sobre Física. Além disso, o que sabemos contraria frontalmente algo digno de se falar em um jantar entre amigos – algo simples como: as escalas de tempo para as viagens e comunicações interestelares são imensamente longas para uma fácil (e viável) interação entre seres cujo tempo de vida deve ser como o nosso, de apenas um século ou menos. Por isso, enquanto o Cosmos pode facilmente estar polvilhado de vida inteligente – como nos indica a arquitetura universal e não uma fictícia “Diretiva Federal Universal” (como em ‘Star-Trek’ – ‘Jornada nas Estrelas’) para assegurar uma preciosa e diminuta interferência entre uma cultura e outra(s).

Fontes e Referências:

The Colbert Report Mon – Thurs 11:30pm / 10:30c
Seth Shostak
www.colbertnation.com
Colbert Report Full Episodes Political Humor Health Care Protests

Space.com:

A evolução da Inteligência Artificial é um requisito mandatório para as viagens interestelares

O paradoxo de Fermi foi recalculado. Quantas civilizações podem haver na nossa galáxia?

Existem outras civilizações? Elas também sonham em viajar para outras estrelas e mundos?

O telescópio Kepler começa sua missão de caça dos exoplanetas similares a Terra

As estrelas anãs-laranjas são os verdadeiros oásis para a evolução da vida


20 comentários

9 menções

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  1. Eu não entendo com alguém com o Seth Shostak pertence ao SETI, ele claramente demostra não ter esperança alguma de que algum dai ocorra algum contato, se não acredita, está lá fazendo o quê?

    A matéria claro é excelente, existem muitas questões que devem ser consideradas quando falamos em contatos extraterrestres e etc.. Mas gosto de imaginar uma civilização gigantesca com enormes naves e claro, muito distante de nós…

    Sobre as limitações tecnológicas, é uma questão de evolução, acredito que não sabemos nem de 1% de tudo que existe, somos uma civilização jovem, nossos satélites não tem nem 100 anos,estamos engatinhando ainda.

    Roca (não sei se é uma pessoa ou um grupo), gosto muito do seu site/blog, se possível depois elabore um mecanismo de comentários por G+ ou Facebook.

    Abraço o/

      • ROCA em 10/08/2014 às 21:40
        Autor

      SETI é um programa de busca extraterrestre em bases remotas (via radio-telescópios). O SETI não considera nenhum contato direto, ok?

      Você nos encontrará em:

      https://www.facebook.com/eternosaprendizes.net

      Passe lá e curta nossa página.

  2. Como pensam agora os Astrónomos? Sabem mais hoje, do que há um ano atrás, nada de novo nesta matéria? Obrigada.

      • ROCA em 08/05/2012 às 22:30
        Autor

      Não há mudanças desde então. Continuamos sem qualquer contato ou evidência da existência de vida extraterrestre, seja microbiana ou mais evoluída. Estamos sós? Lembre-se que as distâncias interestelares são enormes e a velocidade da luz, o limite máximo físico de velocidade, em termos astronômicos, é lenta.

  3. Site excelente, realmente muito bom.

    Um detalhe: encontrei a mesma matéria em pelo menos outros dois sítios:

    http://lcburiozi.blogspot.com/2011/04/estarao-as-civilizacoes-galacticas-em.html

    http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2007/12/8_civilizacoes.htm

    Têm alguma relação com este?

      • ROCA em 15/11/2011 às 23:35
        Autor

      Sim, o artigo http://lcburiozi.blogspot.com/2011/04/estarao-as-civilizacoes-galacticas-em.html é uma vergonhosa cópia NÃO AUTORIZADA do meu site (o autor não cita a fonte). Coloquei um comentário lá recriminando a prática ilícita e solicitando a retirada do texto do ar ou a citação clara da fonte.

      Já o segundo (http://www.ccvalg.pt/astronomia/noticias/2007/12/8_civilizacoes.htm) é uma tradução do artigo original do Seth Shostak (vide http://www.space.com/4702-aliens.html ) da sua fonte na Space.com, escrito no português de Portugal. Este site luso de astronomia é altamente confiável e trás um excelente conteúdo. Neste caso particular, o autor não citou a fonte original explicitamente. Mas eles tem um acordo com a Space.com e isto permite que façam isso, creio eu. Quanto eles não citam a fonte certamente o artigo foi trazido da space.com.

  4. Pelos comentários, percebí que a matéria chamou muito a atenção (mais um ótimo trabalho relevante do site Eternos aprendizes).
    As distâncias no universo são enormes. Como exposto no artigo, a comunicação para além do sistema planetário de uma civilização com outra, é algo estritamente inviável.

    Acho que para efetivamente percorremos essas enormes distâncias, deveríamos nos livrar da constante da velocidade-da-luz, ou seja, num eventual futuro, dobrarmos o espaço-tempo, viajarmos por buracos negros, “teleporte”, “Táquions”, “FTL” etc – são apenas hipóteses, teorias, “… tema de ficção científica. Na prática, inexiste”, como disse o Ricardo. Mas é legal cogitar as possibilidades, afinal a ciência sempre foi audaciosa. Abraço.

  5. Sou leigo no assunto, mas tenho lido uma biografia de Einstein. E baseando na Teoria da Relatividade, não seria mais prático fazer uma dobra no espaço-tempo para encurtar distâncias?
    Claro, precisaria de uma quantidade gigante de energia, mas pelo que sei hoje utilizamos menos de 1% da energia que a matéria pode produzir.

  6. Na europa penas-se ter a nova geração de computadores quânticos em 20 ou 30 anos
    O unico problema é que a informação parece estar em 2 lados ao mesmo tempo ou seja os neutrinos são altamente instáveis.

  7. o seti parece-me um pequena réstia de esperança, ou seja apenas as sociedades que tem hipotesse de responder serão abençoadas pela verbalidade.
    Mas e aquelas que não podem responder, ficarão esquecidas nos confims do tempo.
    Tome-mos como exemplo os maias, foram uma sociedade que se desenvolveu durante 3000 anos, no entanto descobriram o principio matemático do universo e sabiam que a nível galático tudo se repete da mesma forma. Sabiam que a vida terminaria em 2002, fim do tempo.
    O deles ou o nosso, esta é a grande questão ?
    Em 2002 vai acontcer algo que só acontece de 26 em 26 mil anos, de facto é muito tempo.
    É quase impossível imaginar que temos de sociedade pouco mais de 20 séculos. E apenas falo da sociedade cristã, que veja-mos é de facto a nossa linha espaço-tempo.
    Falo do alinhamento galático do nosso sistema solar em relação aos planetas, este é um facto não uma quimera qualquer saida de um filme.Segundo os estudos vamos passar muito mais perto do sol do que alguma vez já tenha-mos passádo.
    Segundo os estudos, de 5mil em 5 mil anos a estrela que serve de guia para a navegação circum polar muda, ou seja, o angulo terrestre e percepção estelar muda, outra estrela nos pode guiar basicamente.
    As perguntas são será que num futuro próximo existe a possibilidade de ?
    E perguntar sera que num passádo distante ?
    será que é mesmo ilógico perguntar isto?
    Espero ansiosamente pelos estudos do acelerador de partículas na busca pela abençoada partícula de hikens conhecida como a partícula de deus .
    É a derradeira prova de que a matéria negra de facto existe e que a compexidade é muito mais além e grandiosa do que alguma vez se esperou.
    Einstein pode estar certo, de facto, acordem para uma realidade que não vêm.
    Por exemplo, toda a gente pensava que era uma loucura existirem panetas iguais ao nosso.
    Mas é claro que existem, alguém duvida? mas porque ?
    Basta dizer o universo é infinito bem como a probabilidade, comprênde-se logo que é real.
    Assim os mais dominavam as contas bem, quer filosóficamente quer matemáticamente pois afinal tinham o calendário lunar e 3000 anos para desvendar as contas.
    ´Nós tive-mos 2000 até agora, será que é desta que nos va-mos libertar deste planeta já explorádo ao máximo?
    Pois eu acho que temos que assistir a muitas guerras ainda e acho que talvez venha-mos a tempo nde nos salvar-mos a nós próprios.
    Bastam 3 colheres de chá para de matéria negra para energizar los angeles durante 10 anos … até parece impossível agora… mas e daqui a x espaço tempo?
    Se tomar-mos as decissões correctas é … caso contrário não é ….fácíl não…
    De facto não é porque a probabilidade continua a contradizer-nos e é como se tivésse-mos condenádos …
    Somos uu ser unicelular no espaço tempo quase como um fotão, não um raio luz mas um fotão totalmente perdido para o infinito, sem destino.
    Há quem diga que somos um «fluke» , um factor de realmente muita sorte, um achádo no universo numa infima quantidade de tempo e espaço .
    quando dominarmos o impossível, talvez quem sabe?!

  8. Oh, acabo de ler os comentários, então não existem possibilidades de se comunicar mais rápido que a luz? Quais seriam algumas possibilidades?

      • ROCA em 11/05/2010 às 14:28
        Autor

      Comunicações FTL, ou seja, em velocidades superluminais violam o princípio da causalidade. Seria como viajar no tempo, para o passado. Isso é tema de ficção científica. Na prática, inexiste.

      Quais as possibilidades disto? Nulas!

      Táquions impossíveis?
      http://eternosaprendizes.com/2009/03/27/fisica-taquions-impossiveis/

      FTL (Faster Than Light)
      http://en.wikipedia.org/wiki/Faster-than-light

  9. Daniel, eu ia dizer a mesma coisa. Aguem poderia explicar por que essa possibilidade não foi nem sequer mencionada?

  10. Amigo o Universo de fato é muito bem estruturado e tremendamente complexo nao poderemos tao cedo ter certeza se a vida é tao comum! mas uma coisa parece ser certa, ele foi projetado para ter vida e até o momento nao poderiamos comprovar o contrário!

  11. Meu amigo, baixa taxa de dados indica que é uma tecnologia experimental, que talvez demore uns 20 anos ou mais para começar a dar resultados.

    …”Olmschenk thinks he could up the rate to about a qubit per second, which he says could be useful for quantum cryptography.”… (Está no trecho de texto que você colou aí)

    E além do mais, as opniões são muito controversas para nós, simples mortais, tirarmos conclusões.

    No paper entitulado “Teleporting an Unknown Quantun State via Dual Classical and Einstein-Podolsky-Rosen Channels” feito por pesquisadores da IBM e publicado em Phys. Rev. Lett. 70, 1895 (29 Março de 1993), eles deixam claro que não é possível transmitir informação instantaneamente, mas no meio do paper eles dizem que talvez haja possiblidade para isso ser possível (Por meio de “advinhar” o estado da partícula antes de a mensagem chegar. É mencionado exatamente nessas palavras no Paper).

    Então, só o tempo irá dizer. E pessoas com a mente aberta e que não são presas à dogmatismos um dia desvendarão esses “segredos” da física quântica.

    O avião não voou na primeira tentativa, e várias pessoas estavam tentando fazê-lo voar e tentaram isso por vários séculos. As conclusões para a invenção do mesmo também não eram nada animadoras, mas o ser humano se mostrou persistente o bastante para quebrar paradigmas..

    “Tudo que uma pessoa pode imaginar, outras podem tornar real.” (Julio Verne)

    Abraço.

  12. Amigo, sinto muito mas tenho que discordar da sua opinião referente ao teletransporte quântico.
    Ele se refere ao transporte de informações (não de matéria) de um lugar ao outro instantaneamente.
    Leia essa notícia:

    http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=teletransporte-quantico-entre-atomos&id=010115090126

    A base de funcionamento do teletransporte quântico é um fenômeno conhecido como entrelaçamento (ou emaranhamento), que ocorre somente em escala atômica ou subatômica. Quando dois objetos são colocados em um estado entrelaçado, suas propriedades se tornam inextricavelmente ligadas.

    Embora essas propriedades sejam desconhecidas até que possam ser avaliadas, o simples ato de medir qualquer um dos objetos determina instantaneamente as características do outro, não importando a distância em que estejam separados.

    Os pesquisadores das universidades de Maryland e Michigan, nos Estados Unidos, obteveram sucesso em demonstrar tal princípio. Então não é tão ficção científica assim…

    Como falei no post anterior, pesquise sobre o assunto.

      • ROCA em 05/01/2010 às 12:10
        Autor

      Devemos ser cautelosos quando há anúncios de inovações tão revolucionárias quanto esta…

      Assim, eu volto a discordar novamente de você.

      Minha leitura foi distinta ao conferir a informação em fontes originais.

      Sugiro consultar as fontes originais para conhecer melhor o experimento: Em resumo:

      1) Os íons de itérbio estavam separados por 1 metro de distância;
      2) Para comunicar 1 bit de informação (que é a menor quantidade possível de informação) foram necessárias 30 milhões de interações e 12 minutos de processamento (uma performance bem questionável);
      3) A confiabilidade foi de 90% (ou seja, a cada 10 bits transmitidos, um estaria com erro).

      Veja as conclusões que não se mostram tão animadoras (que a Inovação Tecnológica omitiu, ou seja, não mostrou para seus leitores).

      NEW SCIENTIST:

      “I think it’s a significant step,” says quantum physicist Paul Kwiat of the University of Illinois at Urbana-Champaign. But he says the scheme has a very low data rate of just one successful teleport every 12 minutes, on average. Olmschenk thinks he could up the rate to about a qubit per second, which he says could be useful for quantum cryptography.
      http://www.newscientist.com/article/mg20126936.500-teleporter-sends-ions-on-longdistance-journey.html

      SCIENTIFIC AMERICAN:

      Kwiat also sees this work finding applications in quantum communication as a link between quantum processors. But he would like to see the system boosted to higher operating speeds—in the current incarnation it takes an average of 12 minutes, or about 30 million attempts, to secure entanglement between a pair of ions.

      http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=quantum-teleportation-with-ions

      SCIENCE Magazine:

      O artigo original você poderá ver na Science (acesso restrito):

      http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/323/5913/486

      “Quantum Teleportation Between Distant Matter Qubits” – S. Olmschenk, D. N. Matsukevich, P. Maunz, D. Hayes, L.-M. Duan & C. Monroe
      Quantum teleportation is the faithful transfer of quantum states between systems, relying on the prior establishment of entanglement and using only classical communication during the transmission. We report teleportation of quantum information between atomic quantum memories separated by about 1 meter. A quantum bit stored in a single trapped ytterbium ion (Yb+) is teleported to a second Yb+ atom with an average fidelity of 90% over a replete set of states. The teleportation protocol is based on the heralded entanglement of the atoms through interference and detection of photons emitted from each atom and guided through optical fibers. This scheme may be used for scalable quantum computation and quantum communication.”

      Finalizando, veja que a Wikipédia em inglês diz que a comunicação quântica não consegue atingir velocidades super luminais (acima da velocidade da luz), sugiro ler o artigo na Wikipédia que explora bem o assunto:

      http://en.wikipedia.org/wiki/Quantum_teleportation

      “Quantum teleportation, or entanglement-assisted teleportation, is a technique used to transfer quantum information from one quantum system to another. It does not transport the system itself, nor does it allow communication of information at superluminal (faster than light) speed. Neither does it concern rearranging the particles of a macroscopic object to copy the form of another object. Its distinguishing feature is that it can transmit the information present in a quantum superposition, useful for quantum communication and computation.”

      Além disso, o artigo de S. Olmschenk et al. na revista Science já foi citado na Wikipédia.

      • em 28/01/2011 às 15:53

      Pode parecer ficção mas quando se trata de fenômenos quânticos, tudo pode parecer estranho. Eu acompanho os boletins do inovação tecnológica, vejo muita pesquisa e estudos nesta área.

      http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=comunicacoes-quanticas-luz-troca-dados-materia-solida&id=010110100819

      Outro estudo interessante
      http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=camera-quantica-consegue-fotografar-objetos-que-nao-estao-visiveis&id=010150080506

  13. O que não foi levado em conta nesse post, é a possibilidade de em um futuro próximo, o uso do teletransporte quântico ser usado para comunição em tempo real para qualquer lugar do universo.
    Não dou 20 anos para que isso se torne realidade.
    Pesquisem sobre o assunto.

      • ROCA em 04/01/2010 às 18:14
        Autor

      Daniel,
      .
      Discordamos de você.
      .
      Seja com teleporte quântico, ondas de rádio, comunicação por laser, ou qualquer outra invenção futura, a velocidade da luz no vácuo é uma barreira instransponível. A velocidade da luz torna as estrelas vizinhas muito distantes e a interação/comunicação interestelar bilateral simplesmente impossível.
      .
      Não adianta você sonhar com idéias da ficção científica. A realidade dos fatos que temos que lidar existe e é inexorável.
      .
      Embora sejamos fãs da ficção-científica, nosso blog é de ciências e nós lidamos aqui é com o mundo real e a evidência dos fatos, ok?

  1. […] efetivamente, nós temos que saber o que poderia motivar criaturas de outros mundos a suportar uma jornada de centenas de trilhões de quilômetros para visitar o nosso planeta. É uma viagem tão implacavelmente desprovida de cenário que sua […]

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  3. […] valores desses parâmetros, o Universo passa por uma mudança de fase a partir da qual as diversas civilizações singulares solitárias (que tenderiam a não se encontrar) passam a encontrar-se e ganhar sobrevida que cumulativamente […]

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  5. […] disso, se uma civilização alienígena é suficientemente avançada para embarcar em uma viagem interestelar provavelmente esta inteligência extraterrestre teria já desenvolvido […]

  6. […] A boa notícia para o programa SETI é que uma galáxia como a nossa deve hospedar centenas de civilizações inteligentes (embora, surpreendentemente, o estudo não inclua o conceito de zona habitável galáctica), a má notícia é que, durante o tempo de uma civilização, quando poderia se comunicar com um ET (entre o momento torna-se tecnologicamente avançado o suficiente e quando é dizimado por sua estrela hospedeira indo para a sua fase de gigante vermelha) é, na maioria das simulações, insuficiente para termos um contato com outras civilizações (ou se existem, elas estão muito longe). Assim nós, ou os  ET, estaríamos literalmente sozinhos, ilhados em nosso recanto dentro da galáxia, como nos explicou Seth Shostak, líder do programa SETI em “Estarão as civilizações galácticas em ilhas isoladas de um vasto oceano interestelar?“ […]

  7. […] A boa notícia para o programa SETI é que uma galáxia como a nossa deve hospedar centenas de civilizações inteligentes (embora, surpreendentemente, o estudo não inclua o conceito de zona habitável galáctica), a má notícia é que, durante o tempo de uma civilização, quando poderia se comunicar com um ET (entre o momento torna-se tecnologicamente avançado o suficiente e quando é dizimado por sua estrela hospedeira indo para a sua fase de gigante vermelha) é, na maioria das simulações, insuficiente para termos um contato com outras civilizações (ou se existem, elas estão muito longe). Assim nós, ou os  ET, estaríamos literalmente sozinhos, ilhados em nosso recanto dentro da galáxia, como nos explicou Seth Shostak, líder do programa SETI em “Estarão as civilizações galácticas em ilhas isoladas de um vasto oceano interestelar?“ […]

    • Blog de Astronomia do astroPT » Quer saber onde estão os alienígenas? Procure pelos rastros de poluição deixados pelos ETs em 25/01/2010 às 07:04

    […] Estarão as civilizações galácticas em ilhas isoladas de um vasto oceano interestelar? […]

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